segunda-feira, 28 de março de 2011

Mais que um pai

Artur crescia ao lado dos pais e de dois irmãos. A família parecia comum e unida.
Comum, pois, viajavam, realizavam festas e discutiam. Artur já estava com doze anos e havia se tornado muito observador. Percebia em seu pai uma mistura da figura autoritária e ao mesmo tempo amigável. Embora fosse o filho mais velho tinha certeza de que jamais o pai brincara com ele como com seus dois irmãos. O pai demonstrava carinho por Artur, mas, o achego com os dois mais jovens era evidente. Artur passou a se perguntar o que poderia fazer para agradar ao pai. Queria chamar sua atenção. As notas no boletim continuavam altas. Começou então a lavar o carro do pai todos os finais de semana. Depois passou a tomar a iniciativa em comprar o jornal e entregar-lhe nas mãos.
O pai de Artur agradecia a cada gesto de gentileza, mas mantinha distância desse prestimoso filho.
Com o tempo Artur passou a se contentar com o simples fato de ter um pai. Otávio era ao mesmo tempo educador, porém bondoso. Talvez estivesse esperando de mais de seu pai, talvez devesse ser menos exigente: pensava Artur.
A iniciativa de beijar e abraçar o pai lhes aproximava, mas essa atitude partia sempre de Artur.
Num churrasco com parentes, Artur, desabafou pela primeira vez em sua vida sobre o sentimento de distância por parte do pai. O tio, comovido após ouvir toda a história, resolveu revelar um importante segredo. O tio, entre lágrimas e com voz trêmula disse que Artur não era filho de Otávio. Disse a Artur que quando Otávio conheceu sua mãe ela já estava grávida. Otávio casou com a mãe de Artur e o registrou logo após seu nascimento. O tio esperava que ao saber a verdade o sobrinho colocasse um fim aquela esperança de ter maior intimidade com o pai. Mas tinha medo da reação do sobrinho de apenas doze anos. Artur sorria durante todo o tempo em que o tio lhe explicava aquela antiga história.
Na mesma noite antes de ir dormir, Artur foi até a sala onde ficou a sós com o pai.
Encarou-o e estendeu-lhe a mão. O pai sem entender apertou sua pequena mão e o ouviu dizer:
-Quero lhe agradecer. Quero agradecer, pois, hoje soube de toda a verdade. Agradeço pelo que fez a minha mãe e por tudo o que fez por mim. Por ter me registrado e estar me tratando como seu filho. O senhor é para mim mais que um pai!-
Otávio não se conteve e abraçou com abraço de pai pela primeira vez aquele seu filho.
Artur podia sentir as lágrimas do pai caindo por cima de sua cabeça e seu coração colado ao seu rosto.
Artur sentiu naquele gesto tudo o que havia esperado durante doze anos.
Hoje, passados quase trinta anos Artur é o filho mais achegado a Otávio.

Seu “Manual”

-O seu Manual. Eu escrevo cerrar ou serrar?
-O rapaz já vou lhe explicar, deixe eu sentar aqui.
Cerrar com c é fechar. Exemplo: Como estava frio eu cerrei as janelas.
Serrar com s é cortar. Outro exemplo: Ele levou o dia inteiro para serrar aquela madeira.
-O seu Manual, o senhor sabe tudo, em?
-Ora que isso rapaz. Consulte-me sempre que precisar.

Livro Na Cadeira do Barbeiro

Convido os leitores da coluna e do São José em Foco a lerem meus livros;
Crônicas Na Cadeira do Barbeiro e Crônicas Na Cadeira do Barbeiro Sua História Passa Por Aqui. São livros com histórias cômicas, curiosas e trágicas. Divirta-se com a história de uma consulta urológica realizada dentro da barbearia e ainda a de um homem que por tempo adiou o sonho de conhecer certo radialista, e o encontro foi inusitado.
Livraria Nobel shopping Itaguaçu – Boreal shopping Ideal – Livros e Livros – Catarinense – Se preferir ligue 3346-8801 ou 8828-8494

segunda-feira, 21 de março de 2011

Remorsos

O dicionário define a palavra acima como “angústia da consciência por culpa ou crime cometido, sentimento de culpa”.
Quem nunca sentiu remorso? Nossa condição imperfeita pode nos levar a cometer erros de critério que por sua vez levam ao terrível sentimento de remorso.
Mas sentimentos de culpa também é remorso. Interessante que erramos por fazer algo e erramos por não fazer o que deveríamos ter feito. Talvez esse último sentimento, o de acreditarmos que deveríamos ter falado o quanto amávamos aquela pessoa, ou de termos passado mais tempo com alguém amado também seja um sentimento arrasador. Há pouco tempo um rapaz de 20 anos demonstrava medo de perder sua mãe. Seu medo se prendia a como lidaria com possíveis sentimentos de culpa. Por que pensava assim? Esse jovem perdeu seu pai quando tinha apenas 13 anos e acredita que deu pouca atenção a seu pai. Sente remorso por não ter falado a seu pai o quanto o amava, o quanto ele era importante. Claro que quem é pai sabe que mesmo que o filho não nos diga isso, mesmo que não expresse seus sentimentos, nós nos sentimos felizes com o simples fato de sua existência, nos sentimos realizados em vê-los brincando, estudando, alimentando-se. Não há dúvida, no entanto de quando nossa sensibilidade nos aponta o importante impacto das palavras bondosas – eu te amo- você é muito importante para mim- devemos usá-las sem economia. Já li na Revista Veja há alguns anos sobre um estudo de especialistas numa universidade de São Paulo que notou que os que mais sofrem por ocasião de falecimento de um ente querido ou amigo são aquelas pessoas que tinham assuntos não resolvidos. Ou acabaram de brigar ou de gritar e ofender a pessoa amada e por ocasião de uma morte repentina não tem mais a chance de consertar ou pedir desculpas.
As palavras de Cristo “não se ponha o sol enquanto estais encolerizados” são de fato importantes, podem não só evitar o remorso, mas melhorar a qualidade de vida.
Por que será que mesmo sabendo destas coisas ainda assim por vezes relutamos em colocar em prática? Aqueles que vencem o orgulho e enfrentam as barreiras que parecem existir em nossos lábios desfrutam de relacionamentos felizes mesmo diante nossa imperfeição e de dias “corridos”.

Seu “Manual”

-Seu Manual eu escrevo mais ou, mas?
-Preste atenção meu jovem. Mais quer dizer maior quantidade, soma, oposição a menos.
Mas, você usa quando significar, porém, todavia, contudo, exprime ideia contraria a anterior. Ainda têm más.
Más é ruim, (feminino de maus)
-Valeu seu Manual. Já anotei tudo!

Autoestima

Havia um cara desanimado, seu nome era Osvaldo. Ele só falava em doenças e em morte. Não é a toa que parecia sempre desanimado.
É preciso dizer que a natureza não lhe foi generosa, mas pelo menos ele tinha boa saúde.
Numa viagem de ônibus ao município de Bom Retiro Osvaldo encontrou Ramiro.
Ramiro era em muito diferente de Osvaldo. Não que a natureza tivesse sido mais generosa com ele, mas era menos pior que Osvaldo.
Ramiro e Osvaldo já se conheciam há algum tempo. Ramiro teve uma ótima ideia. Resolveu colocar Osvaldo para cima, levantar-lhe a autoestima. Ramiro disse a Osvaldo:
-Sabia que você parece com um grande ator norte americano? Um galã. -
-Sério? Quem é ele?
-Rack Peck Teck Mack Brown!
-É mesmo? Não me lembro dele!
-Ah, mas você é a cara dele-
Daquele dia em diante Osvaldo vive a comentar e a procurar na internet por Rack Peck Teck Mack Brown e não acha nada. Mas quem o conhece sabe que desde aquele dia ele é um cara mais feliz.

domingo, 13 de março de 2011

Papo de barbearia. Falar ou não falar?

Falar ou não falar, eis a questão. A conversa tem início devido a problemas que às vezes notamos e nos perguntamos: Será que os pais não perceberam? Ou talvez já tenham notado o problema e estão tratando a sua maneira.
Quem já não enfrentou esta dúvida: Será que falo, será que dou um toque?
O problema é que às vezes a coisa pode parecer séria, por exemplo: Uma criança demonstra algum tipo de deficiência, talvez aparente alguma síndrome. Nós ficamos preocupados e ao mesmo tempo não queremos ser intrometidos nos assuntos dos outros.
Alguém diz que já falou, deu um toque, sobre uma menina que tinha as orelhas muito grandes. Na hora em que falou o pai da menina mostrou-se surpreso, disse que as orelhas da filha de quatro anos eram normais. Depois os pais levaram a menina a um cirurgião e hoje a menina, aliás, a moça, é grata por terem alertado seu pai.
De qualquer maneira o assunto é delicado. Percebemos que alguém tem determinado problema e pensamos: será que ele ou ela já percebeu, já tomaram alguma providência?
Parece que cabe a cada um decidir se irá se envolver, passar por intrometido, ou se fará de conta que nada percebeu. É bom pensar bem, avaliar nossa consciência e talvez a gravidade do que está envolvido. Falar ou não falar, eis a questão.

Religioso nervoso

Sempre imagino num religioso alguém calmo e pacífico. Alguém capaz de acalmar não só pelas suas palavras, mas até por um semblante pacificador. Não é isso o que se percebe num religioso aqui da região. Um religioso, nervoso, aqui em Barreiros, tem deixado perplexas muitas pessoas. O senhor religioso não demonstra ser tolerante, não demonstra compaixão por pessoas de outras denominações religiosas. Senhoras bondosas, donas de casas exemplares, jovens modestas, chegam a ser chamadas de vagabundas pelo religioso nervoso.
Há poucos dias até homens foram vítimas do religioso impaciente que praticamente os expulsou de uma praça próxima a sua igreja. Mas até pessoas de sua própria religião reclamam de sua falta de paciência e respeito. Vivemos num país que nos permite a liberdade religiosa. Por que tratar de maneira rude pessoas que procuram levar mensagens que só acrescentam em sentido espiritual, que levam alívio e consolo?
Mas deve haver esperança. Esperança de imitarmos o Maior exemplo que temos de paciência e amor. Todos os relatos sobre a vida de Cristo deixam claro como ele tratava as pessoas, independente de sua religião. Cristo demonstrou amor em sua plenitude. Tanto amor que não teve dúvidas em entregar sua vida por todas as pessoas, inclusive aquelas que não lhe deram atenção. Quanto ao religioso nervoso, estendamos a misericórdia, tenhamos paciência, assim estaremos colocando em prática a lei do Maior Homem, Cristo.

Seu “Manual”

-Seu Manual o que é cacofonia?
-Meu rapaz, cacofonia é a palavra de sentido obsceno, chulo. Quer ver como é fácil errarmos? É só juntarmos as sílabas que notamos como pode ficar ridículo. Veja alguns exemplos: Aqui se disputa todos os dias... A boca dela... Fé demais...
Viu só? Experimente juntar as sílabas. Isso é cacofonia. Evite!

quarta-feira, 9 de março de 2011

PROERD

O Programa Educacional de Resistência as Drogas – Proerd- existe no Brasil desde 1992. Desde então o programa vem ajudando por meio de orientações práticas nossos jovens no que diz respeito à luta contra o uso de drogas, álcool, e até o mau uso da internet e é claro na comunicação com os pais. A pergunta é: nós pais, daremos apoio? Compareceremos as reuniões escolares, olharemos as agendas de nossos filhos? Um comercial antigo dizia: Não baste ser pai, tem que participar.
Os policiais Proerd realmente se envolvem nessa atividade, entram para o Proerd como voluntários. Policias Proerd dão de si, fazem pesquisas, fazem sacrifícios, merecem nosso apoio e respeito.
Se nós pais dermos o devido apoio e os colégios colaborarem será mais um ano de combate as drogas quem vem destruindo lares e famílias.
Procure conhecer os policiais do Proerd. Perceberá o quanto seus esforços têm orientado nossos filhos. Nossa parte como pais sem dúvida deve ser nos envolvermos com nossos maiores tesouros, nossos filhos.
A primeira reunião do Proerd será realizada na próxima quinta-feira, dia 10, as 16h00minh na sede do 7º Batalhão da Policia Militar na Rua Valmor Shoroeder nº 300. Participarão o prefeito Djalma Berger, o secretário da Educação Círio Vandresen, o comandante da Policia Militar de Santa Catarina, o comandante do Proerd no Estado e o comandante do 7º Batalhão Paulo Romualdo Weiss.

Bom dia, boa tarde, boa noite!

Aonde foram parar essas mais do que simpáticas expressões?
Pessoas chegam a uma padaria, pedem “pão” sem dar um – bom dia- e saem sem dizer um – muito obrigado- O –por favor- parece ter sido abolido do vocabulário de muitos. Claro que isso não acontece apenas nas padarias, acontece em quase todos os lugares. A educação e o respeito pelo próximo inclusive no meio comercial está deixando a desejar. Não caia nessa. Ensine seus filhos, mas dê o exemplo.
Use essas expressões que tornam mais agradáveis nossos dias. Se notar que já não as tem usado, pare, pense e volte a usar, garanto que não irá se arrepender. Ah, tenha um bom dia!

Papo de barbearia. Programação ruim

No bate-papo se diz:
-Que raiva rapaz. Não tinha nada de bom na televisão!
É verdade, se muda de canal e é difícil achar algo realmente bom.
Também é incrível o numero de pessoas reclamando do Big Brother, mas a maioria que critica, continua assistindo. Se a programação está ruim, se está difícil achar algo bom, por que então continuar assistindo? Será que não há um bom livro em casa? Não temos boas músicas? Até uma boa conversa com o cônjuge ou com os filhos, o pai ou mãe, ou um amigo? Pior com certeza é ceder a uma programação ruim e encher nossos ouvidos e mente com vulgaridades que nada de bom nos acrescenta.
Há muitas boas opções!

Seu “Manual”

-Seu Manual eu escrevo caçar ou cassar?
-Depende meu rapaz. Caçar com ç é quando significar procurar animais, perseguir.
Cassar com ss é anular. Por exemplo: O congresso cassou o mandato de três senadores.
-Valeu seu Manual!

Na Cadeira do Barbeiro

Leia um livro com histórias do nosso cotidiano. Crônicas Na Cadeira do Barbeiro é um livro com histórias cômicas, trágicas e curiosas de pessoas como eu e você. Os dois livros podem ser encontrados nas livrarias:
Nobel shopping Itaguaçu, Boreal shopping Ideal, livraria Catarinense, livraria Livros e Livros, Calazans no camelão de Campinas. Se preferir ligue: 3346-8801 ou 8828-8494

Deivison e Janaina

Janaina é manicure, cabeleireira e depiladora. Janaina e Deivison atendem na Rua Santa Catarina nº689 Centro Comercial Hermann, Bela Vista I em São José.
Telefone 3346-8801 ou 8459-9017