segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O absorvente

Flávio, um rapaz de 18 anos, caminha pelo Centro de Florianópolis quando ao passar em frente a uma farmácia vê numa prateleira um CD de sua banda preferida, Titãs. Ele entra e pergunta o preço do CD. A funcionária diz que o CD não está à venda, que faz parte de uma promoção de certo absorvente. Flávio pede mais detalhes e ela explica que basta comprar o produto que ganha o brinde. Ele pede entusiasmado um absorvente e a atendente pergunta:
- Qual o tamanho? – Flávio explica:
- Ah moça, é pra minha mãe. Ela bate aqui no meu ombro – A funcionária meio sem graça tenta explicar:
- Não moço, não é esse tamanho. Digo o tamanho, entende...? – Flávio pensa em como dar mais detalhes e diz:
- Moça, eu sou baixinho, saí de dentro dela, não deve ser muito grande.
A funcionária desiste e lhe dá o absorvente. Flávio paga a conta e sai olhando para o CD do Titãs e tentando esquecer esse negócio de tamanho...

Em terra de cego...

Quem não conhece o ditado? – Em terra de cego quem tem um olho é rei –
É comum ouvir pessoas aplaudindo bobagens ditas em programas de auditórios, e até na voz dos chamados grandes apresentadores, entrevistadores e até líderes religiosos. Pode ser aqueles que apresentam programas nas tardes de domingo, ou aqueles que apresentam seus programas de entrevistas no começo da madrugada. “Ah, mas ele é tão inteligente”. Não importa, qualquer um pode dizer coisas sem sentido e ainda assim ser aplaudido. Há bobagens faladas na TV, no rádio e há bobagens que são escritas. Como definir o que é certo ou errado? O que é relevante ou mera tolice?
Quem estuda, quem se informa, quem lê, quem não é guiado por preconceitos, quem não tem mente fechada; não aplaude qualquer bobagem. Quem é realmente bem informado não se deixa levar por qualquer bobagem que lê ou que ouve. E é aí que mora o problema. É mais fácil ser levado pela opinião dos outros, uma maioria sem opinião esclarecida ou uma minoria mal informada e preconceituosa. Mais lamentável quando isso parte de quem tem o poder da comunicação. Mais entendimento e seremos sempre dignos de concordar ou discordar e lembrar que não são sábios os que são meramente muito inteligentes. Antes de criticar, nos perguntar o quanto conhecemos do assunto em questão. Afinal de contas, em terra de cego...

Seu “Manual”

- O seu Manual eu escrevi “prefiro mais piscina do que praia”. Disseram que errei.
- Errou mesmo meu jovem. Use preferir uma coisa ou uma pessoa a outra e não do que.
O correto seria: Prefiro piscina à praia. Ou, as crianças preferiam água a refrigerante. O homem preferiu ser preso a denunciar os amigos. Certo? Preferia “a” e não “do que”.

Papo bom

Em dia de chuva se diz: Que dia maravilho pra ficar na cama. Em dia de sol se diz: Que dia incrível pra ir à praia. Aí alguém pergunta que tipo de dia é bom pra dizer: Que dia maravilhoso para ir trabalhar? Quem vai julgar a melhor opção?

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Longe de casa, mas não longe da dor

Certo dia atendi um desses meninos inquietos. Ele chorou desde o momento em que sentou na cadeira. Devia ter uns 4 anos, e pelos dentes amarelados se percebia que não era bem cuidado. Na verdade havia mais do que choro, ele pranteava, ele agonizava como se algo o perturbasse muito. O menino parecia desesperado. Logo soube que o casal que acompanhava o menino não eram seus pais. Eles eram da casa lar, ou abrigo para crianças retiradas de suas casas por maus tratos. Fizemos o possível para acalmá-lo sem grande êxito. Perguntei para as duas pessoas que o acompanhavam qual era sua situação em casa. “Era lamentável”, disseram. Surras, falta de comida; carinho obviamente nem pensar. Não vou ser generoso comigo, fiz uma pergunta “tola”:
- Por que ele chora tanto assim? Deveria estar aliviado por estar longe da tormenta!
Os dois bondosos funcionários da casa foram generosos comigo. Levaram em conta que meu raciocínio não fora maldoso. Disseram:
- É verdade. Em sua casa ele passa por coisas inimagináveis. Ele sofre demais por lá. Mas lá é a sua casa. Para ele é seu “porto seguro”. Prefere voltar para a “tormenta” só para estar perto dos “pais” - Criei imediatamente um quadro mental da vida daquele menino. Parecia um filme em minha cabeça em poucos segundos. O sentimento de impotência é terrível diante o sofrimento de uma criança. Ainda converso com pessoas que trabalham nessa área. Ouvi a poucos dias que no momento há crianças que não querem voltar de jeito nenhum para seu “lar”, seu “porto seguro”. Ficar atento a maus tratos contra crianças é importante. Denunciar quando necessário é fundamental. Parece mesmo que o único Governo capaz de solucionar também este problema é aquele que milhões de pessoas vêm pedindo. Que o Governo da famosa oração do Cristo alivie o sofrimento dessas tantas crianças. E nós, o que fazer? Não fechar os olhos a essa triste realidade talvez seja de ajuda.

Seu “Manual”

- Seu Manual qual a diferença entre tráfico e tráfego?
- Ora meu rapaz é o seguinte: tráfico – comércio, negócio ilícito.
Tráfego – movimento, trânsito, fluxo de mensagem – Entendeu?
- Entendi. Obrigado seu Manual!

Se alguém souber a resposta...

Responda quem puder: Como pode alguém divertir-se com a agonia de um animal?
Brigas de galo, cães, touros, ou qualquer outro animal. O que leva alguém a pensar que o animal não está sofrendo ou dor, ou estresse? É muito mais fácil responder quem somos de onde viemos e para onde vamos. Difícil é responder a primeira pergunta.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A língua solta

Alguns amigos se encontram e começam um desabafo – falar a coisa errada e para a pessoa errada. O primeiro diz:
- Eu estava cortando o cabelo de um rapaz e de repente passou um Chevette com o som ligado no máximo do volume. Olhei bem para o cliente e disse:
- Só tem maluco nesse bairro - O cliente disse meio sem jeito:
- É meu pai. Ele tem esse costume, tenho até vergonha de andar com ele.
O barbeiro pediu desculpa. Disse que não teria falado se soubesse que era seu pai.
Um amigo que ouvia isso disse:
- E eu então rapaz. Eu estava na borracharia e assim que o borracheiro acabou de trocar o pneu me ofereceu um café. Nesse instante passou uma mulher do outro lado da rua e eu disse:
- Olha que “cavala”. O borracheiro falou:
- É minha mulher! - E ainda mandou um beijo pra ela. Eu queria desaparecer cara.
- E eu então – diz outro – Uma amiga lá na repartição disse que estava de namorado novo. Semana passada chegou ao lado de um rapaz e eu falei:
- Ah, esse é o teu filho?
Ela disse já toda vermelha:
- Não, não, ele é meu namorado. Meu filho está na faculdade.
Eu disse:
- Ah logo vi.
O último dos amigos desabafa:
- Pior fui eu pessoal. Eu ouvi que o Mario havia morrido. Pensei que fosse o Mario que veio a minha cabeça. Há três dias encontrei a mulher dele a abracei e disse:
- Sinto muito o que aconteceu. Ele era uma cara muito legal, vai fazer falta. Tu deves estar sofrendo muito, mas vai superar. Ele era um cara incrível. Você fez o seu melhor e ele deve estar num lugar melhor agora.
Ela saiu chorando. Só ontem fui saber que o Mario que morreu foi outro cara. O marido dela, o Mario, foi embora com outra.
Um dos amigos conclui:
- Valia mais é ser mudo.
Outro diz:
- Não fala besteira cara. Meu pai é mudo. É muito triste!

Seu “Manual”

- Seu Manual, eu escrevi: Fazem dez minutos que ele saiu. Está certo?
- Está errado meu jovem. Os verbos fazer e haver neste caso, no tempo passado ficam sempre no singular, são impessoais. O certo é: Faz dez minutos que ele saiu. Já faz algumas horas que a dor de cabeça que ela sentia passou. Entendeu?
- Perfeitamente!

Silvio Santos, só ele pode

O apresentador e empresário Silvio Santos, 80 anos, tem uma particularidade. Em meio aos cuidados da imprensa no que diz respeito a citar nomes de marcas ou o nome da concorrência, Silvio é impar. No último dia 19, o SBT, completou 30 anos e o apresentador de inesquecíveis quadros continua anunciando a Jequiti, e ainda assim fala da Avon, Natura e outras marcas sem constrangimentos. Fala da Rede Globo e da Record com tranquilidade. Chegou a dizer que sempre soube que lutar contra a Globo ou querer vencê-la seria suicídio, palavras dele. Não tem ninguém para pegar no seu “pé” (não pode falar o nome dessa marca, Silvio) nada disso. O apresentador que vimos ao longo dos anos continua lá, todos os domingos divertindo e dando um show de comunicação. Dá até pra ouvir a música, Silvio Santos vem ai...