quinta-feira, 28 de abril de 2016

O estimado e temido frio!

Depois de tantos meses de intenso calor, sucos, cervejas e água gelada; finalmente ele dá às “caras”. Estimado clima frio ou mesmo gelado. Um cozido, uma sopa ou mesmo uma feijoada. E sem contar à elegância que ele nos traz. Homens e mulheres vestem-se melhor no inverno, não tão à vontade, é verdade, mas a elegância é quase certa. As noites também são diferentes. Não mais adiamos a ida a cama. Ao contrário, agilizamos nossos afazeres para sentir cobertores nos aquecer até o ponto de nos acomodar de um jeito que não teremos vontade de sair dali ao amanhecer, ainda mais se o despertar for antes de o sol nascer. Mas haverá os dias de folga. Ouvi uma amiga dizer que em seus dias de folga ligava o despertador só para acordar e dizer a si mesma: “Hoje é minha folga, posso ficar mais algumas horas aqui”. Quieto despertador. O paradoxo ali em cima me veio à mente por simples e atenta observação. As deliciosas citações no início da coluna não são privilégios de todos. Se para muitos de nós ele, o frio, o inverno, ainda que curto e não tão rigoroso é agradável e serve de alívio do terrível calor e as possibilidades da elegância e boas refeições, isso não é para todos. Sou apreciador do nosso moderado inverno, aqui na Grande Florianópolis. Não venço o calor, mas driblo o frio. Mas é preciso admitir; o frio dói. E dói mais para quem não tem como se proteger com roupas quentes e alimentos próprios do inverno. Existe um grupo que sofre e também passa despercebido. Cães e gatos, principalmente os abandonados. Tenho observado pessoas envolvidas em conseguir um lar para esses animaizinhos. Também conseguem castração. Num dos primeiros dias de frio minha esposa e eu tivemos que tirar da galeria em que trabalhamos dois gatos, um macho e uma fêmea. Acostumados a receber carinho, comida e um lugar quentinho não queriam sair dali. Tentamos os chamar para fora e nada. Fomos delicadamente os conduzindo até a porta da galeria. Eles voltavam para a porta de nossa sala. Então, eu peguei o Zé, minha esposa a Branquinha, e os levamos para fora. Eles até têm onde morar, mas não têm o mais importante. Quem são essas pessoas? Sim, quem são esses que parecem boa gente, demonstram certa educação, em datas festivas falam em paz, amor, bondade, ajudar a quem precisa. Quem são essas pessoas que têm não a coragem, esta é uma qualidade não aplicada a quem tem a maldade de abandonar cães e gatos, sejam grandes ou filhotes, nem dá para dizer o que é pior? É crescente o número de animais abandonados. É crescente o número de pessoas insensíveis e até maldosas que simplesmente abandonam animais e voltam para sua casa como se nada tivesse acontecido. Talvez até critiquem a sociedade ou pessoas corruptas, mas como definir sua diferença de caráter? Estimado frio para quem pode curti-lo. Temido frio para quem tem que enfrentá-lo com nada ou quase nada para se aquecer. Cachorrinhos e gatinhos largados por aí aguardando o frio. Mal sabem eles que o inverno não precisa ser temido e sim estimado. Para isso a consciência tem que funcionar e mais do que isso, agir. Que venha o inverno trazendo o que ele tem de melhor. Se conhecer alguém que abandona animais não se cale. O que tem que ser temido é o frio sem proteção e não pessoas sem coração!

quinta-feira, 21 de abril de 2016

Sua história passa por aqui!

Acredite, sua vida dá um livro. Comunicação é uma dádiva e uma arte. Consiste primeiro em ouvir. Quem não aprecia um bom ouvinte? Falar e expressar-se é importante, mas não se fala e não se comunica a menos que se ouça. Houve um tempo em que senti que precisava fazer algo, mas não sabia o quê? Lembrei que uns 15 anos antes havia iniciado um livro, romance, com a história de vida do meu pai. Escrevi algumas páginas de próprio punho e parei. Então, voltou à vontade de escrever, mas o que, sobre o quê? Os pensamentos me levaram a um filme que havia assistido anos antes: Cavalgada das Paixões. A história se passava no início do século XX. Um exímio barbeiro fazia algo especial. Em sua barbearia havia uma grande estante. Nela havia vários canecos e em cada um deles, o nome dos seus clientes. Aí entendi tudo. A barbearia não nos traz apenas uma clientela, ou fregueses, ela traz pessoas, cada uma tem um nome, cada um com sua história. E essa história vai ficando no salão. Cada visita é como se fosse um capítulo contado, ou melhor, compartilhado. Depois de conversar com a professora e escritora, Irene Rios e o jornalista, Luiz Carlos Prates, compreendi que poderia escrever curtas histórias, crônicas. Só que houve um engano, eu pensei que soubesse escrever. A família, os amigos e a imprensa deram grande apoio. Daquele primeiro livro lançado em 20 de abril de 2009 surgiram outras ideias. Publiquei mais dois livros, agora são 2 de crônicas e 1 romance. Não parou por aí. Em junho de 2009 comecei como colunista dos jornais em Foco. Depois meu blog, Portal Caros Ouvintes e programa de rádio. Em 2013 fiz meu registro profissional de jornalista. Hoje, minhas crônicas vão além das histórias da barbearia. Mas foi ali – Na cadeira do barbeiro que tudo começou. Imagine ouvir uma história assim: Um casal se separa. Poucos meses depois o marido, seu Antonio, meu cliente, fica sabendo que a ex-esposa está com uma grave doença. Doenças degenerativas são ainda mais tristes. Mas seu Antonio disse a dona Marli e a filha que ajudaria a cuidar da mulher que fora sua esposa por cerca de 20 anos. A doença progrediu. Seu Antonio durante mais de 10 anos manteve-se ocupado ajudando dona Marli. Mesmo em outro relacionamento seu Antonio comunicava que continuaria ajudando dona Marli. E assim foi até o dia em que ela descansou de sua agonia - Unidos depois de separados - Há muitas histórias, algumas emocionantes, outras hilárias. O jornalismo vive mesmo disso, a vida e o ser humano. Vou continuar publicando e relembrando algumas dessas belas histórias, afinal de contas, foi ali que tudo começou. Se sua vida daria um livro? Para mim sim. Independentemente de onde o leitor (a) morar; seja lá qual for a sua história. Ela passa por aqui!

quinta-feira, 14 de abril de 2016

Bate-papos com nossos comunicadores no programa Na cadeira do barbeiro. Neste link:




Fé como investimento.


É difícil alguém que não tenha fé. Difícil também alguém que nunca tenho feito um investimento, seja na empresa, casa ou carro.

Quando investimos é porque temos fé de que nosso investimento dará “frutos”.
Fé pode ser defina como: Crença, crença em doutrinas religiosas, fidelidade a compromissos e promessas, confiança, a certeza de que algo irá acontecer.
Temos fé de que o inverno vem depois do outono, assim como agricultores têm fé de que a chuva virá.

Temos até fé de que muitos assuntos importantes acabam em “pizza”. Aí já não é mais apenas fé, é que não somos tão ingênuos o quanto parecemos.

Alguns depositam fé em que seu time será campeão, não será rebaixado ou subirá a primeira divisão.
Há aqueles que investem sua fé em rezar para que seu time vença. Mas, e se os torcedores do outro time também rezarem com fé; será que a partida terminará empatada? Expressão um tanto feia, empatada.

Ouço aqueles que investem a fé de que qualquer doença poderá ser curada. Nem entendo como podem chegar a ficar doentes.
Se fé fosse sinal de proteção quanto a todos os males que nos afligem, ou ninguém sofreria ou ninguém tem fé.

Também escuto aqueles que confundem as coisas. Pensam que “lá no céu há um banco pronto a receber investimentos”. Como se fosse um “toma lá dá cá”. Eu invisto, mas espero retorno.
E que tal ter fé antes do vestibular ou de um concurso público? Crer que a fé substitui os estudos, os esforços, pode ser frustrante. Estudar, dedicar-se, e com fé ir em frente pode ser mais sensato. Haveria uma “ajuda especial” para quem tem fé e não estuda?

Investir visando resultados honestos e satisfatório é algo interessante e até necessário.

Isso se tratando de relações comerciais, ambas as partes envolvidas e interessadas.
Crer que a fé é um “escudo” contra qualquer coisa má deve ser ingenuidade. Senão, não haveria relatos de bons homens e mulheres que sofreram e sofrem. E quem duvidaria de sua fé?

Imagino uma cena: Acontece um acidente com um ônibus. Dos 38 passageiros, além do motorista apenas um sai com vida. Na entrevista o sobrevivente diz: “Foi um milagre, Deus me protegeu, tenho fé”! Creio que os familiares das outras 38 vítimas mortas no acidente perguntariam: “Meu filho, meu pai, minha mãe, meu irmão, por que não foram protegidos, será que nos faltou fé?”.
Imagino a fé como qualidade maravilhosa. Sustenta em momentos difíceis e felizes. Vivemos num país que permite ampla liberdade de crenças. Não tanto quanto a de imprensa e a de expressão. Mas fé sem amor, sem verdadeira bondade e com “interesses ou como investimento” deve ser questionada apenas pelos que buscam esse tipo de “fé”.

Aceitar que estamos sujeitos aos males de um sistema violento, corrupto, doentio e ainda assim manter a fé como “alicerce”, produz o melhor de nós. Perseverança e resiliênça.
Investir, poupar, prosperar. Isso nada tem haver com religiosidade e espiritualidade.
Respeitar, ser imparcial e amar não tem tanto haver com religiosidade e sim com discreta, evidente e verdadeira fé!

quinta-feira, 7 de abril de 2016

"Aos quatro ventos" A voz dos jornalistas que levam verdades!


Ei, amigo, por favor, onde fica a Rua Felipe Schmidt?  Minha senhora, por gentileza, como posso chegar mais rápido a praia dos Ingleses? Meu amigo sabe me dizer se os postos de saúde abrem aos sábados? Desculpe, mas acha que esse clássico na Capital irá mexer com os torcedores como antes? Só uma pergunta: Acredita que essa operação, a Lava a Jato vai mesmo punir os culpados? Oi, que bom que o encontrei, gostaria de saber se logo teremos resolvido o problema da imobilidade por aqui, ou se minha pergunta é ingênua?

Essas são perguntas comuns, feitas por pessoas comuns que buscam informações.
Quem tiver a certeza da resposta poderá ajudar aquele que busca informações.
A formulação de boas perguntas exige boas respostas. Elaborar boas perguntas e conseguir respostas com responsabilidade, ética, imparcialidade requer grande esforço.

E é aqui que entra o trabalho daqueles que nos trazem informações e as mais variadas notícias no campo político, esportivo, cultural, policial e etc.

O dia do jornalista é comemorado no dia 07 de abril. A base para essa data é a vida e a morte do médico e jornalista Giovanni ou: João Batista Líbero Badaró. Ele foi baleado no dia 20 de novembro de 1830 e morreu no dia seguinte. O movimento gerado por sua morte levou a abdicação de Dom Pedro l no dia 7 de abril de 1831. Um século depois a data foi instituída como o – dia do Jornalista. A data celebra também a fundação da ABI (Associação Brasileira de Imprensa), no Rio de Janeiro, em 1908.

A maioria de nós tem nossos jornalistas preferidos. Normalmente são aqueles que além de demonstrarem estar bem informados e atualizados são os imparciais.
Aí entra uma questão delicada. O jornalismo é objetivo ou subjetivo. Ou seja, ele vai direto ao ponto, de maneira totalmente imparcial, sem defender certos grupos ou mesmo seus conceitos pessoais?

Exige um juízo de valores, uma “frieza” de espírito para por a frente à verdade por meio da notícia sem se deixar levar por motivos pessoais, empresariais ou políticos.

Muitos jornalistas são assassinados em meio ao trabalho, na busca de informações. De qualquer maneira bons jornalistas têm um casamento com a profissão.

Dedicação diária. Constante busca por informações confiáveis. Atualizar-se. E, ser imparciais na hora de divulgar suas informações.

Jornalistas podem atuar na TV, no rádio, em revistas, jornais e na internet.
Em 17 de junho de 2009 o STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu por 8 votos a 1 pela não obrigatoriedade do diploma em jornalismo para o exercício da profissão. Há pelo menos uma PEC que luta pela volta da obrigatoriedade do diploma.

Na verdade o diploma continua valendo. As faculdades de jornalismo continuam existindo. Apenas não é mais obrigatório o diploma para o exercício da profissão.

O jornalismo é envolvente. Em alguns casos decidimos por ele e em outros somos levados a ele e nos apaixonamos.

Palavras de cautela fazem bem a população e aos jornalistas: “A pessoa ingênua acredita em qualquer palavra, mas quem é prudente pensa bem antes de cada passo”.   Bíblia. Provérbios - 14:15
Também aqui encontramos uma dificuldade para muitos jornalistas. O pouco tempo que têm para preparar e apresentar suas matérias.

Colunistas e crônicas têm mais tempo para avaliação de seus textos antes da publicação.
Que as perguntas ali no começo do texto gerem mais perguntas. Que busquemos mais respostas e não apenas respostas, mas as mais confiáveis.

Tudo o que o leitor (a) conversa em seu dia a dia. Suas preocupações e ansiedades passam pelos comunicadores dos mais diversos meios. Manter nosso contato com verdadeiro respeito de ambas as partes permitirá que juntos continuemos construindo e revelando a história.
A arte da comunicação – Ouvir. A arte do jornalismo: Informar o que realmente acontece ou aconteceu, com imparcialidade.

Assim, nossas “vozes” continuarão se encontrando: jornalistas – população e população – jornalistas. É assim que se exerce o jornalismo, com liberdade e responsabilidade.

Dessa maneira não teremos receio de divulgar, informar, comunicar – aos quatro ventos!