O Garibaldi entrou na barbearia e viu uma velhinha fazendo as unhas. Logo percebeu que a cada instante ela pegava uma latinha de cerveja e tomava um gole. Garibaldi perguntou ao barbeiro a idade da velhinha. O barbeiro disse que ela tinha 84 anos.
Garibaldi abriu a boca num gesto de espanto e disse:
- Mas isso não é perigoso rapaz? – O barbeiro deu de ombros. Não conformado, Garibaldi perguntou para a velhinha se ela não se preocupava com a saúde, afinal de contas na sua idade a gelada podia não cair bem. A velhinha disse que faz mal é não tomar uma gelada com aquele calor de verão. A senhora pediu mais uma cerveja ao dono do bar que ficava ao lado da barbearia. Garibaldi se apavorou mais uma vez.
- O minha senhora, sei que não tenho nada a ver com sua vida, mas isso vai lhe matar minha senhora – A velhinha disse:
- O que não mata engorda, meu filho.
Garibaldi foi embora reclamando a bebedeira da velhinha. Quinze dias depois Garibaldi vinha de um bar com amigos. Tinham tomado várias cervejas. Garibaldi se perdeu na BR 101 e caiu. O carro que vinha atrás não conseguiu desviar.
No mês seguinte a velhinha voltou à barbearia para fazer as unhas. Ela sentou, colocou a lata de cerveja embaixo da mesa da manicure e perguntou ao barbeiro:
- O meu filho, e aquele rapazinho que ficou preocupado comigo, tem aparecido?
O barbeiro olhou triste para a velhinha e disse:
- Não senhora. Ele não volta mais. A cerveja fez mal pra ele.
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