terça-feira, 3 de junho de 2014

DITADOS QUESTIONÁVEIS

“A ocasião faz o ladrão”. Quem já não ouviu ou até repetiu esse velho ditado? Mas há uma questão importante aqui e que envolve todos nós. Dizer que a ocasião faz o ladrão não seria o mesmo que dizer que cada um de nós é um ladrão é “em potencial”? Seria o mesmo que dizer que cada um de nós ao ser colocado diante uma situação que nos desse a oportunidade de apropriar-se de algo alheio o faria sem o menor pudor. Exemplo: Sou honesto, mas, se eu vir que alguém deixou algo de valor cair do bolso ou da pasta, seja lá o que for, ou se alguém no escritório ou outro lugar qualquer esqueceu algo valioso, eu vejo ali a oportunidade de me apoderar daquilo; isso é ser desonesto. Ora, se a ocasião fizesse o ladrão todos nós seríamos ladrões apenas esperando uma oportunidade para uma “apropriação indébita” (puro eufemismo para a palavra roubo). Um dia ouvi o Prates dizer: “A ocasião revela o ladrão”. Dessa afirmação gostei e assino em baixo. Quem é desonesto, quem não tem pudor, ou rouba descaradamente ou espera uma ocasião ou situação favorável; não é que a ocasião fez o ladrão, ele já o era. Esse tipo de pessoa já tem em si o mal. Dizer que a ocasião revela o ladrão é chamar a todos nós, nossos filhos, pais, amigos, de ladrões a espera de uma oportunidade. Quem é honesto age com decência não porque assinou um papel ou porque há alguém observando. Quem é honesto age assim porque está em sua essência e educação a honestidade. O contrário disso revela o que a pessoa realmente é. Sem caráter.

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