segunda-feira, 19 de julho de 2010

E se fosse eu? E se fosse você?

Uma das conversas nas barbearias e em outros lugares nos últimos dias é esta.
-E esse estupro que envolve um filho de delegado e o filho de um dos diretores da RBS. O que irá acontecer?
Há os que dizem:
- Devem ser punidos com rigor.
Ainda outros dizem assim:
- Não vai dar em nada! É gente poderosa.
Também alguns dizem isso.
- Se fossem filhos de pobres estariam no São Lucas e estariam apanhando.
Ouve-se isto aqui também:
- Por que alguns jornalistas nem sequer comentam? Será que tem medo?
Os bate-papos de barbearias são um exemplo de bate-papos de qualquer outro lugar. Essas conversas levam a algumas análises. Se por exemplo o filho de um amigo ou o filho de um colega de trabalho se envolve em um assalto, será que comentaríamos o assunto abertamente com qualquer pessoa que se aproximasse? Exemplo:
-Sabe o assalto que aconteceu ontem? Então rapaz, foi o filho dele!
Dificilmente faríamos isso, pois, envergonharia o tal colega. Agora, imagine se fosse filho de alguém grande na empresa.
Mas com toda essa conversa alguns ainda falam:
- Isso tudo é bom para duas coisas. Primeiro para que alguns vejam que muitos têm “telhado de vidro” e a nossa liberdade de imprensa não é tão livre assim, há certos “detalhes”. Segundo, que muitos pensam que o melhor que podem dar a seus filhos tem haver com dinheiro, quando de repente e tragicamente descobrem que não.
E se fosse você? E se fosse eu? Reflita e responda a você mesmo: É complicado ou não?

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