sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Amados e odiados!


O que é melhor, ser amado ou odiado? A resposta pode até parecer simples, mas dá o que pensar. Tudo vai depender do por que somos amados ou odiados.

Normalmente para ser amado (a), precisamos fazer por merecer. Ser uma pessoa correta, justa, bondosa, usar de empatia. Isso gera também o respeito. Tai algo um tanto em falta hoje.
 Que tal testarmos o odiado e o amado? Vamos lá:
 Elogiar é bom. Para alguns é fácil e nem tanto para outros. Criticar o que está errado pode tornar alguém odiado. Paradoxo mais que interessante. Apreciamos ouvir verdades, mas, desde que não se refiram a nós ou aos nossos. Em programas de auditório qualquer tolice é aplaudida; seria por educação ou falta de noção?

Dizer que os idosos merecem ser respeitados é tão bonito quanto lógico. E dizer que há idosos mal educados nas filas preferenciais, é verdade ou não?

Manifestar com alegria que 4 milhões de preservativos serão distribuídos no carnaval em Santa Catarina é bom sinal? Alguém dirá: “É uma medida para impedir doenças e gravidez indesejada”. Quem tem respeito pelo próprio corpo, pelo corpo do próximo, pela vida, não precisa disso. Por que medo em falar sobre boa moral? Não é possível se divertir sem comportamentos que normalmente não teríamos? Como se não bastasse ainda tem dicas para curar a ressaca dos que não têm controle algum. Quantos desses colocarão a vida dos outros em risco no trânsito?

Ser odiado pode ser fácil. Não é nem preciso praticar o mal em si. Basta que se diga alguma verdade que “machuque” a massa que mostra pouca responsabilidade.
O interessante de ser odiado é que muitas vezes isso é uma conquista. Agir, falar, pensar, viver de uma maneira diferente. Isso incomoda alguns. Ser diferente no mundo dos iguais. Ter a coragem de se expressar na “contramão” do que se diz aceitável. Ser odiado pode ser uma arte. Ou seja, nem todos os odiados são maus, seres insuportáveis. É mais fácil o conveniente, diante as câmeras e microfones, ou diante amigos e conhecidos, dizer o que é agradável. Fazer cócegas nos ouvidos de quem nos ouve.
Na imprensa isso é bem evidente. Até que ponto nós jornalistas, comunicadores, podemos dar nossa opinião com liberdade? Lógico, com respeito e responsabilidade.
Exemplo: Depois de fortes chuvas, ruas alagadas, bueiros entupidos; um jornalista pode, ou criticar o poder público por sua irresponsabilidade, incompetência, falta de fiscalização e etc. Ou pode também lembrar que em algumas ocasiões a população é em boa parte culpada. Culpada por seu desleixo em jogar lixo nas ruas e outras faltas de cuidado.

Sem esquecer os miseráveis que abandonam animais na ruas.

Podemos criticar políticos por não cumprirem o que prometeram.  Mas, e aqueles que por 50, 80 ou 100 reais, distribuíram “santinhos”, “pregando”, quase que evangelizando em nome de alguém que mal conhecem.  Ah, e o lixo deixado nas ruas nos dias seguintes.
Então, precisamos de responsabilidade. Temos que abrir a mente, ler e estudar mais.

Comunicadores que gostam de aparecer, dar um show; são respeitados?
Comunicadores que só fazem cócegas nos ouvidos são respeitados, por alguns.
Comunicadores que dizem a verdade com responsabilidade e ética são respeitados, amados e odiados.

Todos somos comunicadores. Respeito, responsabilidade, conhecimento, imparcialidade, bom senso, nos tornarão ou amados ou odiados.


O despertar do amor ou do ódio dependerá de quem foi afetado ou beneficiado. Mas é melhor ser amado e odiado a simplesmente agradável! 

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