O que é mais grave, roubar 1 real ou 1 milhão de reais? Uma
caneta do escritório ou um carro?
Já foi dito que o difícil não é ser bom, o desafio é ser
justo. Parece lógico. Muitas pessoas demonstram bondade e apreciam fazer o bem.
Já sermos justos envolve julgar. Não é por menos que para
ser juiz é preciso muitos estudos, dedicação, bom senso, tempo para avaliar o
assunto; e ainda assim o juiz está sujeito a errar.
Quem ouvia lava a jato alguns anos atrás pensavam numa
limpeza das boas. O nome foi emprestado a uma operação policial. Haja força no
lava a jato e “das pessoas que o manobram”.
Ditados ou frases como: “Ele rouba, mas faz”. Ou: “Ele é o
menos pior”, devem estar em extinção. Nunca deveriam ter existido. Aceitar que
um ladrão seja menos criticado por não ser violento não parece muito justo.
Aceitar como nossos “cabeças” o “menos pior” é reconhecer que ele é ruim, mas
dizer que é melhor do que nada.
Outro dia fui surpreendido por uma jovem muito inteligente.
Ela contou que repreendeu o namorado por ele aceitar “o jeitinho brasileiro”
com facilidade. Coisas pequenas, mas ilícitas.
Vale perguntar: Que exemplos estamos deixando para os nossos filhos?
Inclua-se, alunos, vizinhos, sobrinhos, netos, filhos de amigos.
Enquanto esperamos por justiça “lá em cima” poderíamos
avaliar. Se eu tivesse uma grande oportunidade em minhas mãos; lucros e demais
vantagens; teria a força moral de dizer – não?
É farra do boi. “Gatos em ligações clandestinas em casa”.
Abandono de animais. Querer tirar vantagem em tudo. Um grande empresário disse:
“O dinheiro não muda o homem, apenas o desmascara”. Um colega jornalista falou:
“A ocasião não faz o ladrão, mas revela o ladrão”.
Talvez nunca antes na
história tivéssemos visto a corrupção com nomes e endereços.
Nunca antes se viu a população se mobilizar dessa maneira.
Temos uma possibilidade. Avaliar com sinceridade e coragem
atitudes que podem parecer pequenas, mas são ilícitas. Ensinar aos nossos
jovens pelo exemplo. Nada de, “faça o que eu digo e não o que eu faço”. Mas
sim, “faça o que digo e o que faço”.
Difícil? Quem disse que é fácil.
Fácil é ser bom. Ser justo é o desafio. E quem nunca “pisou
na bola” que atire a primeira pedra!
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