terça-feira, 16 de julho de 2013

Quando eu era desse mundo

Juca levava a vida do jeito que bem gostava. Uma vida de exageros, de festanças, boemias, e jamais levava um namoro a sério. Até os amigos de bagunça o chamavam de mundano. Juca era o cara do mundo. Não dava atenção a mais nada. Mas havia um detalhe que os amigos bem sabiam a seu respeito. Juca era medroso. Principalmente medo dos mortos. Tentava disfarçar, mas a turma acabava descobrindo. Quando estava num velório, por exemplo, só ia ao banheiro quando alguém dizia que iria até lá. Aconteceu algo incrível. Um dia Juca se tornou um homem religioso. Mudou seu estilo de vida. Só andava de gravata e paletó. Os amigos estranharam sua mudança. Achavam que ele havia exagerado na mudança. Uma noite ele estava num velório no cemitério do Itacorubi. Resolveu pegar um ar e saiu a caminhar pelas redondezas do cemitério. Acontece que vinha da casa da namora um rapaz de uns 25 anos de idade. Um rapaz que era tão ou mais medroso que o Juca era antes. O tal rapaz tinha que passar pela rua onde ocorriam alguns velórios. Ele não conseguia. Ficou paralisado. De repente ele viu um homem andando por ali. Era o Juca. O rapaz pensou em acelerar o passo e chegar perto do homem de paletó e gravata. Era um plano simples. Começaria a andar ao lado do homem e talvez até conversar com ele, só para disfarçar o medo. O rapaz foi. Chegou ao lado do Juca que mal o notou. O rapaz tremia de medo e foi caminhando ao lado de Juca. Resolveu quebrar o silêncio. O rapaz perguntou ao desconhecido: - O senhor não tem medo de andar num cemitério a noite? Não tem medo dos mortos? Juca, sem olhar para rapaz, respondeu serenamente: - Quando eu era desse mundo eu tinha. Hoje não mais. Juca não entendeu, mas o rapaz saiu em disparada.

Marta Rocha e Marta Rocha

O extrovertido jornalista Manoel de Menezes teve um carro conversível, o único da cidade de Florianópolis na época. Pintado da cor de “laranja-cheguei”, e mais tarde de cor de rosa, desfilava pela Rua Felipe Schmidt e Praça 15, com todas as pompas. O vistoso automóvel foi logo apelidado de “Baratinha”, “Charanga do Menez”, mas Neco, como era carinhosamente conhecido pelos amigos, não gostou e batizou o carro de “Marta Rocha”. Quando a famosa Miss Brasil veio a Florianópolis, Menezes propôs a ela desfilar em seu conversível. O povo lotou a Praça 15, mas o desfile teria sido melhor se não faltasse combustível. O carro teve de ser empurrado até o mictório público, com Marta Rocha e tudo. (Trecho do livro Retratos à Luz de Pomboca, do saudoso Aldírio Simões. Há muitas outras ótimas histórias, prometo trazer mais)

Seu Manual

- Seu Manual o certo é muita dó ou muito dó? - Boa pergunta meu jovem. O certo é muito dó. Exemplo: Sentimos muito dó dele, mas nem sempre sem pode ajudar. - Gostei. Obrigado.

Dica aos pedestres

Mesmo quem dirige também anda a pé. Por isso vale para todos esse lembrete. Muitas pessoas quando passam em frente a um supermercado acabam passando por trás dos carros estacionados. Qual o perigo? É que muitos quase são atropelados por motoristas que dão marcha ré. Atenção: Não passe a pé atrás de carros estacionados, procure passar pela frente. É a sua segurança e a tranquilidade de quem dirige.

Comentário interessante

Um amigo que esteve recentemente nos Estados Unidos disse que ficou impressionado com várias coisas positivas que notou por lá. Entre elas: como os motoristas respeitam os pedestres. Disse que basta um pedestre se aproximar da faixa que imediatamente o motorista para. Aí o comentário interessante. Meu amigo disse que mesmo com o ditado de que “uma andorinha só não faz verão”, ele está colocando em prática o aprendeu por lá. Está pondo em prática esse bom exemplo, está se esforçando. Legal. Não adianta nada elogiá-los e criticar-nos e nós mesmos não mudarmos nossa própria atitude.

Seu Manual

- Seu Manual como vou saber se devo usar por “por ora ou por hora”? - É fácil meu jovem. Por ora, quando equivaler a por agora, por enquanto. Por hora, quando equivaler a por 60 minutos, por uma hora. Entendeu? - Por ora sim.

Programa Na Cadeira do Barbeiro

Anote aí. Todas as segundas-feiras, as 18h, na Luar FM 98.3 ou pela internet www.radioluar.com.br – o programa Na cadeira do barbeiro com músicas e bate papo. Pelo menos uma vez por mês farei um programa sem convidados e os ouvintes que ligarem no momento indicado ganharão alguns de meus livros. Conto com sua audiência.

Caros Ouvintes

Nesta quinta-feira no site carosouvintes.org.br – Nem morto - Uma divertida crônica. No mesmo site vocês encontram também as reprises de todos os meus programas na rádio Luar. Vá até a barra de endereço e coloque meu nome ou Na cadeira do barbeiro e dê um ok.

Coisas “mal ditas” I

Uma senhora de 75 anos, desanimada, lamenta com a manicure: - Ah minha filha, acho que não vou durar muito. Ando tão mal. A manicure tenta a consolar: - Não diga uma coisa dessas. A senhora ainda deve viver uns 5 anos. A senhora ergue a cabeça e diz de maneira enfática: - Não minha filha. Cinco anos é muito pouco, ainda vou viver bem mais. Coisas “mal ditas” II Um garotinho de 9 anos vê uma mulher grávida e mostra seu interesse e cavalheirismo: - É macho ou fêmea? A mulher devolve: - Agora me sinto uma vaca.

Pedofilia

No Fantástico do último domingo mais uma vez o delicado assunto, pedofilia. A reportagem foi em Recife. Mas o problema é claro, está no Brasil todo, no mundo todo. A reportagem mostrou ali que mais de 91% desses crimes são cometidos por pessoas próximas a família, ou por familiares. A maior parte acontece na casa da criança ou do abusador e por ser alguém próximo apenas 4% precisam fazer uso de armas para chegar ao abuso. Nunca é demais lembrar, caros leitores; todo cuidado é pouco. Não é paranóia, mas nossa atenção deve ser redobrada. Como? Um primeiro e importante passo é uma linha aberta de comunicação com nossos filhos. Conversar mesmo, conversar de verdade. Deixar claro a eles o que outros não podem fazer e em que partes do seu corpo não podem tocar em hipótese alguma (Logicamente isso não inclui um médico na presença dos pais). Nem tio, nem avô, nem o melhor amigo do papai ou da mamãe. Deixar claro também que devem falar aos pais sem medo caso notem algo estranho. Abusadores costumam ameaçar as suas vítimas dizendo que irão matar o pai ou a mãe caso contem. Ou talvez que eles não acreditarão. Vamos cuidar de verdade de nossas crianças. Lamentável é não denunciar, aliás, alguns religiosos encobrem abusos o que só gera mais abusos.