quinta-feira, 30 de outubro de 2014

ÉPOCA DE REFLEXÃO

No próximo dia 02 de novembro muitas pessoas estarão nos cemitérios visitando seus entes queridos. Dor e saudades se misturam nesse dia de uma visita unilateral. Lembranças vêm à tona. Há uma conhecida frase que diz assim: “O que se tem de fazer se faz em vida”. Que grande verdade. Com frequência tenho ouvido pessoas reclamando a falta de apoio, de ajuda prática com parentes doentes. Alguns dizem que seus familiares e amigos parecem sumir quando mais precisam deles. Não é incomum a responsabilidade dolorosa de cuidar de um familiar doente recair sobre um só quando há outros que poderiam ajudar. E aí, quando o parente “querido” morre vem à dor, o sofrimento. Não precisamos esperar alguém amado adoecer para mostrarmos nosso amor e consideração. Tomara que essa semana sirva também para a reflexão; a busca de importantes respostas e de darmos valor aos nossos amigos e parentes. Pior do que a dor da saudade é a do remorso. Equilibrar nosso tempo e dar atenção a amigos e familiares enquanto há tempo. Muito trabalho, passatempos, redes sociais usadas em excesso têm “roubado” o nosso precioso tempo. Quando um dia nos despedirmos de alguém amado ou visitá-los num dia 02 de novembro que baste a dor da saudade e não do remorso. Nosso tempo deve ser bem empregado. Bons dias para reflexão.

Olha que coisa mais linda mais cheia de...

Sim, o começo é da famosa canção, Garota de Ipanema (Vinícius de Moraes e Tom Jobim, 1962). Há outra coisa linda que vem e que passa. São nossas horas, dias, meses, anos, vida. Num bate-papo comum entre amigos é normal falarmos ou ouvirmos, “Meu Deus, como o tempo está passando rápido, faltam apenas dois meses para acabar o ano”. Esse espanto é por termos a impressão de que o tempo está “voando”. Será? Notamos isso quando lembramos fatos marcantes. O Impeachment de Fernando Collor de Mello, já faz 22 anos. A morte de Tancredo Neves faz quase 30 anos. A do Senna, 20. O atentado as Torres Gêmeas, 13 anos. O 7x1 para Alemanha, 3 meses, desculpem a insensibilidade, é muito recente para relembrar. E quando olhamos para os nossos filhos então? Às vezes penso que houve alguma coisa que alterou a contagem do tempo, teria sido o tsunami de 2004? Bobagem, isso não faz sentido e ainda vou irritar os astrônomos, físicos e demais cientistas. Talvez seja apenas impressão. Ou quem sabe nós estejamos simplesmente olhando para o lado errado. Assim como se estivéssemos de carona e o motorista comentasse conosco a respeito da bela paisagem em nosso caminho e não notamos nada de especial. Ele comenta empolgado sobre as belezas que vê e nós pensamos que ele está louco. O detalhe é que ele está olhando na direção certa, está vendo a paisagem e nós estamos olhando apenas para um campo vazio e sombrio sem entender a empolgação quase irritante do interlocutor. Se por um momento virássemos a cabeça e olhássemos na direção certa, então entenderíamos o porquê de sua animação. Ele, o amigo ao lado, está olhando o lado bom da vida, está focado na direção certa, curtindo e gravando na mente cada momento agradável enquanto nós do outro lado perdemos o que há de bom na vida. Será que é mesmo o tempo que está passando rápido? Ou estaríamos focados no lado vazio e sombrio? Quero olhar para o lado certo. Como quem dirige a vida e ainda assim aprecia o que ela tem de bom. E o que há de melhor para olhar senão, família, amigos, Deus, natureza, trabalho, bons pensamentos? Afinal de contas a vida está passando e se não tomarmos cuidado ficamos olhando para o lado errado. O Tom e o Vinícius já diziam: “Olha que coisa mais linda mais cheia de graça...”.