segunda-feira, 31 de maio de 2010

Um ano

É isso amigos, estou completando um ano como colunista. Sou grato ao Ozias e a toda equipe do São José e Biguaçu em Foco. Grato também a todos que têm acompanhado minhas crônicas a cada semana. Estou à disposição a contatos com os leitores através do blog e do e-mail, endereço acima e ao final da coluna. Nosso encontro é todas as terças-feiras. Vamos à crônica de hoje?

Teoria de Luiz

A explicação: Por que há cada vez mais mulheres bonitas.
Luiz é um homem que sabe das coisas e nesse dia revelou algo impressionante a um jovem amigo. O jovem amigo ouvira que há cada vez mais mulheres bonitas e pensa que isso ocorre pelo crescimento populacional. Quem sabe a pesquisa do IBGE confirmará.
Luiz, diz então:
-Sabe meu jovem, quando eu tinha 16 anos, via moças bonitas. Mas achava bonitas mulheres que tivessem menos de 16 anos. Não eram tantas assim. Mas o tempo passou e cheguei aos 25 anos e então achava bonitas as mulheres que tinham menos de vinte e cinco anos. Já havia mais mulheres bonitas do que há nove anos.
Meu jovem, quando eu tinha 40 anos, eu já achava bonitas as mulheres de quarenta anos para baixo, eram muitas. Hoje meu jovem, estou com 70 anos, e observo como há mulheres bonitas, bem mais do quando tinha minha visão limitada de 16 anos de idade. Hoje vejo mulheres de 70 anos para baixo bonitas. E olha meu jovem, são muitas, dos dezesseis aos 70, têm muitas mulheres bonitas. Acho que quando eu estiver com 90 anos haverá ainda mais mulheres bonitas.

Dialetos. Vai ou fica?

Dialetos, idiomas, gírias, maneirismos. São tantas as maneiras de falar que confusões podem facilmente ocorrer.
Seu João cultiva um belo e elegante bigode por mais de trinta anos, nunca o havia tirado, nem uma única vez. De viagem com a esposa, foram a Aparecida, como todos os anos, só os dois e claro o bigode.
O irmão de profissão, lá daquela região, atendeu o seu João. Seu João entrou na barbearia do prezado colega e pediu que este lhe fizesse a barba. O barbeiro começou seu trabalho e ainda perguntou, e talvez o modo da pergunta tenha sido por saber que seu João viera de longe, estava de passagem, o barbeiro perguntou:
-O bigode vai ou fica? – Para o barbeiro a pergunta parecia lógica. (O bigode vai de volta a São José ou fica em Aparecida?)
Seu João entendeu a pergunta de outra forma. (O bigode vai para o chão ou fica na minha cara)
Note que cada tinha uma leitura, talvez um certo “dialeto”, vai ou fica do barbeiro e o vai e fica do seu João. Seu João respondeu:
-O bigode fica!- O barbeiro entendeu assim: Fica aqui em aparecida, ele quer que eu raspe o seu bigode. E o barbeiro num golpe rápido e certeiro lhe tirou o companheiro de mais de trinta anos. Seu João gritou:
-Não. Não, meu bigode não-
-Mas eu perguntei e o senhor disse o bigode fica, fica na barbearia. -
-Não. Fica na minha cara- Já era. O bigode ficou no chão da barbearia, em Aparecida.
E lá voltaram seu João e esposa, só os dois. Que mal entendido!

O dia certo

No meu primeiro livro relatei o caso de um jovem, um adolescente que quase se envergonhou de beijar seu pai, mas viu a tempo que não deveria ter vergonha e continuou a beijar ternamente seu pai em qualquer lugar. O pai dele adoeceu e faleceu rapidamente. Hoje ele não carrega remorso, mas sim saudades. Carregaria provavelmente remorso se não tivesse demonstrado tanto carinho pelo pai.
Vale à pena lembrar que o tradicional dia dos pais e das mães tem valor comercial muito grande e seria grande erro nosso esperar por esses dias para expressar nosso amor e gratidão. Se ainda tem seu pai e mãe, ou um deles, aproveite todos os momentos, aliás, com todos, se um dia alguém “faltar” ficará saudades e boas lembranças e não remorso. O dia certo de expressar sentimentos é de 1º de janeiro a 31 de dezembro. Portanto hoje também é o dia certo.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Pra que?

-Bom dia, doutor.
-Bom dia, Dilermando. Qual o problema, o que está sentindo?
-Bem, doutor, na verdade estou completando 50 anos e gostaria de chegar aos 100 anos! O que preciso fazer?
-Tem sentido alguma dor, algum outro problema?
-Não, nada.
-O senhor bebe?
-Não doutor. Nem uma gota de álcool.
-O senhor costuma comer churrasco, dobradinha, mocotó?
-Não, isso faz mal a saúde doutor.
-O senhor costuma ir ao Maré Alta ou outro clube, baile?
-Não, não. Nada de dança.
-Pratica esporte?
-É ruim doutor. Nunca fui de esporte.
-Gosta de viajar?
-Faz muito tempo que não viajo.
-O senhor é casado?
-Viúvo.
-Mas tem uma namorada?
-Minha mulher morreu há quinze anos e desde então não tive ninguém.
-Seu Dilermando, o senhor tem certeza que quer viver tanto?

O que está acontecendo?

Quando criança ouvia que em rua onde morava um policial bandido não passava.
Lembro do fusquinha e do Fiat 147, usados pela PM. Os policias chegavam e dois deles eram suficientes para por respeito. Mas a coisa está mudada mesmo. Quem não ouviu a noticia da delegacia onde uma mulher foi assaltada. Assaltada dentro da delegacia, levaram 13 mil reais. Uma semana depois um cidadão honesto é morto a tiros em casa.
Um policial viu uma “arma” em sua mão e atirou. Não era arma, era uma furadeira, foi engano. É óbvio que não se pode generalizar, não seria justo com a maioria da policia e das delegacias, mas, o quê está acontecendo? Sem dúvida é tempo de dar atenção aos acontecimentos com olhos de maior entendimento.

É hora ou é ora?

Um bom livro de gramática nos responde.
Quando formos escrever hora no sentido de horário, minutos, é hora.
Quando formos escrever no sentido de “por ora não vou querer” no sentido de por enquanto, é ora.

Por que será?

Por que será que elas pensam que se ganhassem um bom dinheiro fariam várias coisas a fim de aumentar a beleza, seios, cabelos etc.
Por que será que eles só por terem o dinheiro já ficam bonitos. Pelo menos para algumas.

Senhora ou senhorita?

O nome do livro é “AS CINCO LINGUAGENS DO AMOR” de Gary Chapman.
Esse livro nos chama atenção sobre nossa maneira de demonstrar amor, mas a maneira que seja apropriada ao nosso cônjuge. Vale à pena ler, mas vou aproveitar meu espaço, minha coluna para comentar o que tenho tirado de proveito. É interessante que há coisas que mesmo não sendo novidade, no entanto quando ditas de outra maneira nos chamam mais a atenção. Em certo momento o autor nos lembra como é fácil notar se um casal num restaurante são casados ou namorados. Por isso escolhi o tema “senhora ou senhorita”.
Quando estamos num restaurante, lembra Chapman, é fácil sim, o casal que se diverte e bate um bom papo são namorados. Já o casal que deixa evidente que estão ali só para comerem, são casados, pois pouco conversam e olham bastante para os lados. Claro, não é regra geral.
O autor ainda diz: O casamento é um relacionamento e não um projeto a ser concluído ou um problema a ser resolvido.
Vou continuar nas próximas semanas lembrando alguns comentários de Chapman.

Márcia Manfro

O comentário de Márcia Manfro, apresentadora do Jornal do Almoço ao lado de Mário Motta foi excelente. Foi sobre a mulher grávida mandada para a casa após uma consulta na maternidade. Ela deu a luz num terminal de ônibus no Centro de Florianópolis. Márcia Manfro falou com autoridade de jornalista, mulher e mãe, ela disse após ouvir as “explicações” de um médico:
-Deus sabe o que faz. Só uma mulher grávida para entender o que isso significa.

Crônicas

Procure o seu livro “Na Cadeira do Barbeiro”. Livrarias e bancas de revistas.
Catarinense, Nobel e Boreal. Calazans no camelódromo de Campinas.

Vai dar trabalho?

Uma senhora diz com inocência:
-Meu Deus, um apartamento com cinco banheiros. Já pensou que trabalho, limpar cinco banheiros de um apartamento!
Hum, quem disse que alguém com um apartamento desse tamanho terá que fazer a limpeza?

domingo, 16 de maio de 2010

Animais

O Globo Repórter da última sexta-feira mostrou mais uma vez algo impressionante sobre os animais. Começou com um cachorro que ajuda o dono, mecânico de automóveis. O Bidu, o cachorro, ajuda seu dono em tudo, pega qualquer ferramenta que o dono lhe pede, até o telefone celular. Depois foi a vez de um ganso que acompanha o dono por tudo, até ao banco.
Até uma galinha chamou atenção. Ela cuida de vários cachorrinhos que foram abandonados pela mãe. Um dos impressionantes casos foi de uma gata, cujo dono morreu em um acidente de moto. A gata sumiu e foi encontrada um ano depois com sua cria, vivendo no túmulo do falecido dono.
Com tantos casos mostrando a sensibilidade dos animais dá até para pensar em o quanto um boi deve se divertir numa boa farra.

O interesse dos outros

O que é mais fácil fazer para agradar a alguém? Talvez pareça ser aquilo que sabemos fazer, talvez o melhor que sabemos fazer. Sobre isso li um livro que fala a respeito das diferentes maneiras de amar. O livro mostra que nossa tendência é justamente demonstrar nosso amor a nossa maneira e infelizmente não a maneira a qual o outro gostaria. É como se soubéssemos fazer uma excelente pizza, mas ela ou ele gosta mesmo é de lasanha, e agora? Fazendo a pizza ficaremos felizes e a pessoa que a recebeu, ou melhor, que a saboreou ficará contente, mas sem dúvida, ela preferiria a lasanha. O autor mostra que isso vale para muitas coisas, talvez para tudo. Se levarmos a sério o que aqueles a quem amamos realmente gostam nos esforçaremos em fazer aquilo que os agrada. Isso tem tudo a ver com as palavras encontradas em Filipenses (bíblia) 2:4: “não visando em interesse pessoal apenas os vossos próprios assuntos, mas também, em interesse pessoal, os dos outros”. O que vem a sua mente lendo as palavras acima? Será que conseguimos lembrar situações lá em casa, no serviço, na escola, no trânsito, etc., onde poderíamos dar atenção especial aos interesses dos outros?
Para muitos isso pode parecer fora de moda; num mundo do “cada um por si”, pode parecer tolice dar atenção aos outros. No entanto pessoas que têm feito isso têm levado uma vida mais completa e tranquila. Sem duvida, começar em casa é uma boa ideia e nos perguntar se a mãe ou esposa gostaria de ganhar de presente uma joia, vestido, perfume ou uma tabua de cortar carne. O que será que ela dirá?

Histórias

Ria e emocione-se com os livros Crônicas Na Cadeira do Barbeiro.
Livrarias Catarinense – Nobel shopping Itaguaçu – Boreal shopping Ideal e também no Camelódromo de Campinas o “Camelão” com o Calazans.
Contatos 8828-8494 ou 3346-8801

Economia de água

Um amigo ficou chateado por ter pedido um cachorro quente, ou melhor, ficou chateado só porque o dono do carrinho de cachorro quente pediu uma “licencinha pra tirar água do joelho logo ali no muro”. O amigo ficou na verdade intrigado pelo fato, o simples fato de o sujeito não ter lavado as mãos quando voltou. Ele podia contrair o que? A gripe do porco? Mas num dia de calor, depois de tomarmos um delicioso caldo de cana bem gelado, notamos a importância de se economizar água. Quando acabamos, o senhor do caldo de cana, devolveu os gelos de nossos copos a forma de gelo e colocou o gelo que havíamos usado de volta no congelador. Que exemplo de economia que nada. Imagine só uma sociedade entre esse senhor e o cara do cachorro quente.

Frase

“Ele mudou depois que ficou rico, ele mudou depois de assumir esse cargo”
Um grande empresário entende isso de um jeito interessante, ele diz:
-“O dinheiro não muda o homem, apenas o desmascara”.
Quer dizer, alguns só mostram o que sempre foram quando passam a ter “bala na agulha”.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

“Filosofantes”

Há um ditado que diz: De médico e de louco todo mundo tem um pouco.
Pois se somos até técnicos de futebol por que não sermos também filósofos?
Quem de nós já não presenciou ou até participou de conversas como estas?
O João está na cadeira, e a cadeira do barbeiro é um ótimo lugar para filosofar, então João diz:
-Eu vou dizer uma coisa quer vocês concordem quer não. É um pensamento meu, cheguei a esta conclusão depois de muita reflexão. Digo isso não pra qualquer um, mas digo em qualquer lugar- Nesse momento o barbeiro e o outro cliente pensam em pegar papel e caneta, pensam que virá um profundo pensamento, e o João diz ou passa a filosofar:
-Pra mim ladrão é ladrão e bandido é bandido-
O barbeiro olha para o cliente que demonstra certa decepção diante o que acabara de ouvir. O cliente passa então a participar da conversa filosófica e diz:
-Do jeito que está à situação, eu digo, daqui a uns dez anos vai ta todo mundo comendo lixo!
João vira a cabeça para trás com rapidez e diz:
-Eu até concordo, mas duvido muito que terá lixo pra todos.
O barbeiro se vendo entre pensamentos filosóficos profundos e pessimistas também passa a filosofar:
-Eu só sei que não sei, e só digo uma coisa, eu não digo mais nada, porque do jeito que está não sei-
Agora João e o outro cliente balançam a cabeça positivamente concordando com o profundo pensamento do barbeiro filósofo. O barbeiro fica contente por não ter decepcionado os filósofos.

Alerta

Amigos leitores, além de me divertir escrevendo as crônicas todas as semanas preciso também compartilhar de uma séria preocupação. Não sou psicólogo, não sou especialista na área a qual vou mencionar, mas sou pai.
Na última semana quase fui às lágrimas com as tristes e horríveis noticias sobre a violência contra as crianças. Foi estupro seguido de assassinato, “mãe” fritando as mãos de seus dois filhos e na presença do “pai”, fez isso para os punir por um ato de desobediência, e outros casos de estupros, até de um garotinho de 4 anos, estuprado na creche por um homem que ali trabalhava numa obra.
O alerta aqui amigo leitor é de pai, assim como muitos de vocês, pais e mães.
Precisamos ser ainda mais cuidadosos, mais atentos. Temos que acompanhar ainda mais de perto nossos filhos, mesmo que nosso trabalho não nos permita. No livro Aprenda do Grande Instrutor, publicado pelas Testemunhas de Jeová, encontrei informações importantes. Temos que falar sempre abertamente com nossos filhos, explicar sobre aproximação com estranhos, e sobre pessoas tocarem ou tentarem tocar em suas partes íntimas, exceto é claro por um profissional da saúde, na presença dos pais. Infelizmente nossos esforços não vão solucionar o problema, mas possivelmente irá diminuir o terrível problema da violência contra nossas crianças. Se bem que como mostrou o Studio Santa Catarina; crianças praticando luta livre, fica realmente difícil. Ah é claro, não nos custa ficar atentos e se for o caso, denunciar maus tratos.

Célio Veiga

Ah Célio Veiga, rua conhecida, conhecida por outros digamos, apelidos.
Essa rua com tantos bons moradores, até com empresas é tão conhecida, é tão antiga, sua história já está até documentada em um livro de certo jornalista.
Mas cabe um alerta a todos que ali passam com seus carros, cuidado, cuidado, muito cuidado. Os buracos que ali existem já causaram problemas e despesas a motoristas, por isso cuidado e saudações Célio Veiga.

Crônicas

Os livros Crônicas Na Cadeira do Barbeiro, podem ser encontrados nas livrarias:
Boreal Shopping Ideal, Nobel Shopping Itaguaçu e Catarinense Centro e Shopping Beiramar. Ou ligue 3346-8801 – 8828-8494

segunda-feira, 3 de maio de 2010

O sofá

Aderbal sonhava em ter um sofá bonito em casa. Sempre que andava pela Felipe Schmidt, olhava as lojas que exibiam belos sofás. Quando ainda solteiro, mas já namorando, foi encontrar a namorada no Shopping Itaguaçu, iriam ao cinema. Mas é claro, Aderbal primeiro admirou um belo sofá e pensou que quando casado, teria um daqueles em sua casa, mesmo que fosse uma humilde casa.
De repente, lembra da namora e caminha em direção ao cinema. Aderbal é um sujeito um tanto romântico e pensa em comprar balas para a amada.
Numa dessas lojas vê balas coloridas e mesmo sabendo que tem pouco dinheiro pede duzentos gramas de bala. Aderbal pensa que vira o preço do quilo, mas que nada, era o preço de cem gramas. Quando a simpática moça lhe dá o preço, ele fica pasmo.
Envergonhado, não diz que se confundiu com o preço, achando que era preço do quilo, não de cem gramas, a bala era cara mesmo.
Aderbal paga e conta discretamente o dinheiro e nota que tem exatamente o valor das entradas do cinema. Ele fica preocupado com a possibilidade de a namorada pedir pipocas ou algo parecido. Não tinha dinheiro nem para uma água.
Assim que se encontram começam aquelas coisas de namorados:
-Oi amor.
-Oi meu lindo. Senti saudades.
-Eu também. Você ta linda. Vamos?
-Hum, vamos meu cheiro.
Ela olha para a pequena lanchonete, ali no cinema. Aderbal, vendo seu olhar, lembra que não tem mais um centavo. Antes que ela peça algo, ele diz:
-Ta com sede? Porque se estiver com sede tem um bebedouro aqui. Aproveite e tome água agora e não terá de levantar depois-
Meio sem entender o deselegante convite, ela vai até o bebedouro e toma água.

Três anos depois...

Casados, Aderbal e ela resolvem comprar um sofá. Havia chegado o dia tão aguardado por Aderbal. Assim que entram no Koerich, ele vê o sofá. O sofá é um sonho.
Faz até lembrar aqueles sofás das novelas das oito. Aderbal senta, estica-se, e ela senta na outra ponta, o sofá forma um L.
Chega o vendedor e diz:
-Ah, vejo que gostaram. É muito confortável, não é mesmo?
-O, e se é! – diz Aderbal, empolgado.
-Querem ver outros?
-Não, não, é esse mesmo, é o sofá que sempre sonhei!
Feita a compra se despedem e vão aguardar o sofá em casa.
-Aderbal, Aderbal- grita a mulher- O caminhão chegou, o sofá chegou.
Os entregadores pedem licença para entrar e tentam:
-Pra lá, não, pra cá, vira, vira, não, não, ah meu Deus – diz um dos entregadores.
O outro olha para Aderbal e diz:
-Olha amigo, não entra de jeito nenhum, não vai caber na sua sala- Aderbal, desconsolado, mede daqui, mede dali e nota que não cabe mesmo. Triste, olham os homens levarem de volta o esperado sofá. Aderbal senta no chão da pequena sala, da pequena casa. A mulher com as mãos na cintura não sabe o que dizer. Mas Aderbal levanta-se e a convida para irem ao cinema. Antes de saírem, Aderbal olha para a mulher e diz:
-Se estiver com sede, tem água na geladeira.

“Meu Deus, ela tem tudo”

A avó se queixa, diz que a neta de treze anos, só quer saber de namorar, só anda na rua.
A avó fica ainda mais surpresa porque a neta tem “tudo”. Tem um ótimo computador, TV tela plana, condicionador de ar e banheiro, claro, isso tudo em seu quarto, isso tudo só para ela. A neta tem tudo? O que estaria faltando? O que significa, tem tudo?

Crônicas

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