segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

O primeiro abraço

Artur crescia ao lado dos pais e de dois irmãos. A família parecia comum e unida. Faziam festas, viajavam e discutiam. Artur já estava com doze anos e havia se tornado muito observador. Observava em seu pai, o radialista Otávio, uma mistura de homem autoritário e amigável. Já os ouvintes de Otávio sentiam a simpatia do locutor que levava alegria aos ouvidos de milhares de pessoas todos os dias. Gostava de brindar seus ouvintes com a frase – não é bom a gente parar, porque se parar a gente pensa e se pensar a gente chora – Embora Artur fosse o filho mais velho tinha certeza de que jamais o pai brincara com ele como com seus dois irmãos. Nunca recebera tamanha atenção. O pai demonstrava carinho por Artur, mas o achego com os dois mais jovens era evidente. Artur passou a se perguntar o que poderia fazer para agradar ao pai. Queria chamar sua atenção. As notas no boletim continuavam altas. Começou então a lavar o carro do pai todos os finais de semana. Depois passou a tomar a iniciativa em comprar o jornal e entregar-lhe nas mãos. O pai de Artur agradecia a cada gesto de gentileza, mas mantinha distância desse prestimoso filho. Por inúmeras vezes ao chegar ao Centro de Florianópolis e desembarcar do ônibus ouvia a voz do pai ecoando nos rádios de motoristas e cobradores. Sentia uma quase incontrolável vontade de dizer a todos que era o filho daquele radialista. Continha-se, mas caminhava orgulhoso. Caminhava em direção ao colégio sonhando com a aprovação do pai. Com o tempo Artur passou a se contentar com o simples fato de ter um pai. Otávio era ao mesmo tempo educador e bondoso. Talvez estivesse esperando demais de seu pai, talvez devesse ser menos exigente: pensava Artur. A iniciativa de beijar e abraçar o pai lhes aproximava, mas essa atitude partia sempre de Artur. Num churrasco com parentes, Artur, desabafou pela primeira vez em sua vida sobre o sentimento de distância por parte do pai. O tio, comovido após ouvir toda a história, resolveu revelar um importante segredo. O tio, entre lágrimas e com voz trêmula disse que Artur não era filho de Otávio. Disse a Artur que quando Otávio conheceu sua mãe ela já estava grávida. Otávio casou com a mãe de Artur e o registrou logo após seu nascimento. O tio esperava que ao saber a verdade o sobrinho colocasse um fim aquela esperança de ter maior intimidade com o pai. Mas tinha medo da reação do sobrinho de apenas doze anos. Artur sorria durante todo o tempo em que o tio lhe explicava aquela antiga história. Na mesma noite antes de ir dormir, Artur foi até a sala onde ficou a sós com o pai. Encarou-o e estendeu-lhe a mão. O pai sem entender apertou sua pequena mão e o ouviu dizer: -Quero lhe agradecer. Quero agradecer, pois, hoje soube de toda a verdade. Agradeço pelo que fez a minha mãe e por tudo o que fez por mim. Por ter me registrado e estar me tratando como seu filho. O senhor é para mim mais que um pai!- Otávio não se conteve e abraçou com abraço de pai pela primeira vez aquele seu filho. Artur podia sentir as lágrimas do pai caindo por cima de sua cabeça e seu coração colado ao seu rosto. Aquele abraço havia agora partido do pai. A inexplicável sensação da proximidade causava indescritível emoção a Artur. Artur sentiu naquele gesto tudo o que havia esperado durante doze anos. Hoje, passados quase trinta anos Artur é o filho mais achegado de Otávio.

Vítimas de quem?

Maus tratos são recentes ou só agora têm vindo à tona? Idosos sendo covardemente agredidos. Crianças têm passado por situações similares. As cenas que observamos na TV são de dar nojo. Denunciar com certeza é uma maneira de ajudar a salvar inocentes e punir criminosos. A culpa é de quem? Há alguns anos conheci um caso lamentável. Era uma família, pai, mãe, gêmeos de 3 anos e uma menina mais velha. O pai fora preso por tráfico de drogas. Dias depois a mãe foi presa por motivo similar. As crianças foram parar num abrigo para menores nessas situações. Na cadeia esse homem voltou a engravidar a mulher. Mais um filho. Os pais saíram da prisão. Voltei a conversar com os gêmeos. Perguntei para os meninos o que gostariam de ser quando fossem adultos. Um dos meninos, com 7anos, disse: - Quero matar bandidos. Perguntei se seu pai havia sido maltratado quando foi preso. Eles responderam que não. Insisti em por que matar se seu pai foi respeitado pelos policiais quando foi preso. Um deles insistiu que queria matar quando fosse adulto. O pai voltou a ser preso. Nunca mais voltou para casa. Com a perda definitiva do pai as crianças voltaram ao abrigo. Outro dia atendi um menino de 3 anos que naquele mesmo dia havia sido retirado de casa por mandado judicial. O menino chorava copiosamente. Estava em desespero. Perguntei por que ele havia sido retirado de casa. Responderam que ele era muito mal tratado. Surras, fome e outras privações. Em minha ignorância perguntei o porquê de tanto choro se afinal de contas em casa ele só era mal tratado. Responderam-me que ele estava com muita saudade de casa e queria voltar mesmo com aquela tormenta, afinal de contas, era sua casa, eram seus pais. Horrível sensação ouvir e ver aquela cena. Há poucos dias conversei com um menino de 10 anos que faria uma apresentação em público, uma leitura, e esperava sua mãe para vê-lo. O pai ele nunca conheceu. A mãe, tão esperada para sua apresentação não compareceu. Havia bebido muito. Os olhos do garoto viam sorrisos de apreço, mas não o da mãe, a pessoa mais esperada na plateia. Idosos, crianças, mulheres, vítimas de covardia, de impunidade. Pais mortos que deixam saudades. Pais vivos que deixam “buracos” na vida de quem mais precisa deles. Os mencionados acima têm deixado vítimas. Com certeza não de maneira intencional. Procurar por respostas pode ser interessante, mas frustrante quando notamos um formidável descaso em saber: são vítimas de quem?

Seu Manual

- O seu Manual. Alertaram-me quanto ao uso da expressão – A nível de – - Muito bem, meu jovem. A nível de não existe na língua do ponto de vista formal. Com muito cuidado você pode usar a nível de quando significar, à mesma altura de: Ele não se sente bem quando está em cidades ao nível do mar. Ou assim: Suas atitudes estavam ao nível de sua educação.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

O jeito de falar do Tonho

O Tonho além de viver correndo tem uma estranha maneira de falar, estranha mais não incomum. O “não” acompanha quase todas as suas frases. Outro dia ele passou em frente à barbearia de um amigo com sua bicicleta numa velocidade que deixaria até o Rubinho para trás. Minutos depois ele volta e diz olhando para um amigo que estava dentro da barbearia: - O João. Eu não vinha correndo com minha bicicleta rapaz. Eu não escorreguei no areão ali na frente. Eu não caí e não me ralei todo rapaz. João, mais que debochado, disse: - Que bom Tonho. Que bom que você não vinha correndo, não escorregou, não caiu, não se machucou. Tonho sem entender direito falou: - Mas foi isso que aconteceu rapaz, só que ao contrário. João sentiu pena e tentou ajudá-lo. Perguntou: - Onde você está morando, Tonho? - Tonho tentou responder: - João, não tem aquela rua que asfaltaram agora ali perto do posto de saúde? Não tem um supermercado? Não tem uma peixaria? Não tem uma casa de dois pisos nova? Então, eu moro ali do lado. João colocou a bicicleta toda torta e Tonho todo ralado dentro do seu carro e o levou até sua casa. Não pediu mais informações. Estava cansado daquela história do “não tem isso, não tem aquilo”. Quando chegaram à casa do Tonho sentiram um cheiro de churrasco de dar água na boca. Tonho desceu do carro, olhou para João e disse: - O João, tu não quer descer? Não quer entrar? Não quer comer uma carne e não quer tomar uma gelada com a gente? Assim que os dois entram na casa a mulher do Tonho pergunta: - O Tonho, tu não trouxe a carne? Não Trouxe a cerveja? Não Trouxe o carvão? O vizinho já não ta fazendo churrasco? Não ta sentindo? – Tonho, desconsolado, responde: - O mulher. Eu não tava indo? Eu não caí? Não me ralei todo? O João não me trouxe até aqui?

Férias

Geralmente começamos a tirar férias logo que começamos a estudar. Coisa boa eram as férias de julho ou de dezembro. Lá nos anos 80, meus primeiros anos de estudos, admito, era pelo menos um pouco de malandragem, afinal de contas já no mês de setembro começava contar quantos dias faltavam para a chegada das férias. O último dia de aula lá no Cabral já era especial. Saber que no dia seguinte e mais uns 60 e poucos dias estaria de folga. As brincadeiras de bicicleta, o Atari, a bola e muito mais. Ah que saudades. Estou escrevendo esta coluna em meu primeiro dia de férias. Serão apenas 12 dias. Nem pensar em desligar o celular. Há outros importantes compromissos na vida dos quais não se pega férias. Mais uma vez não viajo. Ando por aí, por aqui, nessas lindas cidades. Sejamos sinceros, a beleza natural de Florianópolis é sempre de “cair o queixo”. O SESC de Cacupé tem sido um bom lugar para curtir com a família. As belas praias. Aí a coisa se estende. De Pontas das Canas a Palmas, ou a praia do Sonho, um dos pontos de parada esta semana. Nos últimos dias ouvi vários clientes amigos se expressando sobre férias. O Rafael disse que nessas férias não viajaria por um simples motivo. Quer ter dessa vez a sensação de ficar em casa, andar pelo bairro, tomar uma cerveja com amigos e etc. Alguns disseram que passaram na praia. Outros viajaram para visitar parentes. Acho especialmente boa a sensação de não ter hora para fazer as coisas. Dormir sem ligar o despertador. Sei lá se vou conseguir isso. Fico pensando que se acordar tarde vou perder tempo. Tempo que poderia ser bem aproveitado. Ah que bobagem. Será? Mas com mais tempo livre observamos melhor. Num restaurante vejo um homem de uns 50 anos fechar os olhos antes de comer e fazer uma oração. Curioso, metido, me aproximo e dou os parabéns pela atitude. Ele agradece. Também tenho esse hábito. Vejo pais pacientemente brincando com os filhos. Mas também pais desatentos, impacientes. Fico observando, mas consigo não me envolver, tento não avaliar. Não sou mesmo nenhum especialista. Em casa, à noite, tudo volta à cabeça, cada cena, cada situação. Aí me perco e começo a tentar avaliar o que vi. Férias. Se o corpo permanece em movimento nas férias quanto mais à cabeça. Essa não para. Que droga. Tento parar de pensar. Falho. Lembro mais uma vez das férias lá dos anos 80. Esse pensamento vem acompanhado da música de Alceu Valença, Estação da Luz. “Lá vem chegando o verão. No trem da estação da luz. É um pintor passageiro colorindo o mundo inteiro derramando seus azuis”. E o trem da vida passa rápido. Mais rápido ainda devem passar meus agora só 11 dias de folga. É bom saber que assim como na infância lá pelo mês de setembro (será que ainda é malandragem?) posso lembrar que ela sempre vem. Bem mais curta é verdade, mas muito bem aproveitada.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Entender ele - entender ela

Nas barbearias os assuntos vão longe. O futebol e as novelas não são os únicos. As conversas também giram em torno de assuntos conjugais. Quem não acha difícil, por exemplo, entender o cônjuge? Minha esposa pergunta: -O quê vai querer almoçar? - Depois de um agradável quadro mental, respondo: -Picadinho ensopado com purê de batata! - Ela diz: -Ah isso não! - Eu tento entender por que ela me perguntou se não aceita minha sugestão. Mas a coisa vai bem mais longe. Como entender, como agradar a quem amamos? Gary Chapman em seu livro As Cinco Linguagens Do Amor, traz a tona questões pra lá de interessantes. Ele acredita que devemos aprender a “língua” de nosso cônjuge a fim de falar com ele em sua língua. É mais ou menos assim. Em vez de procurar fazer por nosso cônjuge aquilo que sabemos ou pensamos saber fazer de melhor, deveríamos na verdade fazer aquilo que ele gostaria que fizéssemos. Daria para entender dessa maneira. Imagine que eu saiba fazer um churrasco de primeira qualidade, mas a pessoa a quem vou oferecê-lo gosta é de pizza. Ela com certeza até gostará do churrasco, no entanto teria ficado bem mais satisfeita com a pizza, seu prato favorito. Deveríamos procurar fazer para as pessoas, em especial pelo nosso cônjuge aquilo que ele gosta e não simplesmente aquilo nós achamos que ele gosta. Há uma experiência de uma mulher que chegava sempre em casa desabafando com o marido sobre seus problemas no serviço. O marido lhe dava mil conselhos. Um dia ela cansou e foi embora. Ela não queria conselhos. Ela queria ser ouvida. Queria apenas que o marido a escutasse de verdade. E no máximo que lhe desse um abraço. É por aí, temos de aprender a “língua” de nosso cônjuge. Do que ele realmente gosta? Quem está disposto a fazer isso? Fazer por sua esposa ou seu marido o que for de sua preferência exige que não sejamos egoístas. Impopular? Diria que saudável. Agradar nosso próximo mais próximo só pode trazer benefícios. O negócio é entender ele ou ela.

Duras verdades – o que dizer ou como dizer?

A maioria de nós costuma dizer que gosta que as pessoas sejam sinceras. Mas qual o ponto de equilíbrio entre franqueza e insensibilidade? Um sujeito que tem muito medo de procedimentos odontológicos é um bom exemplo. Ele pergunta a dentista sobre o implante que terá de fazer. Ela diz: - Está vendo esta parede? Pois, imagine uma furadeira em minha mão. Agora imagine que estou fazendo um furo nesta parede. Depois pego um pino e enrosco aqui. Então pego uma ferramenta e começo a apertar esse pino ou parafuso. É assim. Entendeu? Isso é um caso real. Ouvi de uma dentista. Se é que eu tinha algum medo ela acabou completamente com ele. Que sensibilidade. Minha e dela. Mas não são apenas as dentistas que podem mostrar falta de sensibilidade. Carlos e Valda são recém casados. Certa noite ele perguntou para a esposa: - Querida, eu sou feio, não sou? – Ela responde: - Meu amor, eu nunca liguei para esse negócio de beleza. Isso é bobagem. O que importa é o que você é por dentro. Fiquei com pena do Carlos. Talvez ele quisesse tirar uma “chapa”, como diria o Miguel Livramento só para ver se por dentro ele também é como por fora. O Carlos ficou super chateado, mas não falou nada para Valda. Maridos também costumam ser insensíveis. Amanda pergunta para o Paulo: - Estou gorda, não estou? - Não querida. - Ah, fale a verdade – Paulo coloca a mão no queixo e diz: - É. Dá pra melhorar um pouquinho. Eu pensei numa academia aqui perto. Na verdade até peguei o número do telefone e vi os horários. O que acha? – Ela botou pra chorar. Se o Paulo já tinha pensado em tudo aquilo é porque “devo estar horrível” pensou ela. A dona Olinda mandou o filho Inácio colocar os óculos. Inácio disse: - Mãe, eu não vou colocar os óculos porque fico muito feio de óculos. A mãe devolveu: - Inácio meu filho, você é feio de qualquer jeito. Coloque já os óculos. E aí? Franqueza e honestidade ou franqueza e insensibilidade? Talvez a grande questão seja mesmo sermos sinceros, mas pensar melhor em como dizemos algo. Não é o que se diz, mas como se diz.

Seu Manual

- O seu Manual eu ainda tenho ouvido pessoas até da TV confundindo as palavras Despercebido com Desapercebido. Qual é mesmo a diferença? - Despercebido é não notado, não percebido, desatento. Desapercebido é desprovido, despreparado. São palavras parecidas, mas com significados completamente diferentes. - Obrigado seu Manual!

Foi passageiro

Desculpem, mas foi passageiro. O quê? Esse momento de agilidade no trânsito. Bela Vista até Florianópolis em 30 minutos logo cedo e 20 minutos de Florianópolis até o bairro São Pedro no final da tarde, isso em dias de semana. Mas agora tudo volta ao “normal”, afinal temos que nos acostumar não é mesmo? Acabando as férias tudo volta a ser como antes e adeus a agilidade no trânsito. Ah que pena, foi passageiro.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Síndrome de Susac. Conhece?

Síndrome de Susac Três Histórias e Um Diagnóstico - esse foi o tema do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) apresentado na segunda-feira, dia 10 de dezembro as 21:00h na Faculdade Estácio de Sá pelos recém formados Felipe Alves e Renata Candemil. Os jornalistas colocaram o coração em seu trabalho e durante nove meses investigaram a doença que atinge 300 pessoas em todo o mundo, duas delas em Florianópolis. Uma inflamação nas pequenas veias do cérebro pode afetar a audição, visão e coordenação motora. Em Florianópolis uma das pessoas acometidas pela doença é uma professora de dança, o outro, músico. Os dois portadores tiveram suas vidas e carreiras que amam diretamente afetadas pela doença. A investigação jornalística foi mais longe. Felipe Alves acompanhado de um amigo foi a Londres no mês de julho e entrevistou uma jovem de 19 anos que em janeiro descobriu a síndrome. A jovem inglesa perde a memória com incrível frequência, o que tornou um desafio a mais completar a matéria ao longo dos dias em sua casa. A moça que sonhava ser atriz precisa agora de acompanhamento especial devido sua perda constante de memória. O vídeo de 30 minutos emocionou a plateia por ser altamente informativo e sem sensacionalismo. Os dois portadores da síndrome que moram em Florianópolis estavam presentes e tive o privilégio de cumprimentá-los. Não é todos os dias que temos a oportunidade de ver exemplos de superação assim. Quem sai ganhando com tudo isso é a população com esses novos nomes no jornalismo. Felipe Alves, já do Grupo RBS e Renata Candemil são dois jovens jornalistas que trarão mais que um diploma. Trazem uma paixão, uma dedicação que faz a diferença entre profissionais de qualquer área. Parabéns!

Estranho aniversário

Normalmente em uma festa de aniversário é de praxe uma linha de comportamento. Primeiro, o aniversariante recebe calorosos cumprimentos, beijos, abraços e alguns tapas nas costas. Segundo, um presente. Seja caro ou barato, costuma vir acompanhado de uma frase: É de coração. Terceiro, são oferecidos ao aniversariante doces e salgados, além de bebidas. Quarto, lá pelas tantas da festa alguém diz que tem que cantar os parabéns. Por cerca de um ou dois minutos canta-se para a pessoa e seu nome é mencionado muitas vezes, muitas dizendo que ele ou ela é um bom camarada. Mais uma vez algumas voltas só para contar de uma pesquisa que fiz por conta própria na última semana. Perguntei para mais de 10 pessoas se na noite do próximo dia 24 de dezembro costumam seguir um padrão similar ao suposto aniversariante. (Segundo a História e Pesquisas Jesus Cristo deve ter nascido por volta de 1º de outubro e não em nenhum dia no mês de dezembro) Mesmo com uma data incerta perguntei para as mais de 10 pessoas o quanto lembram o suposto aniversariante. Perguntei se falam em família a seu respeito, principalmente sobre as maravilhosas lições que deixou. Uma delas, o perdão. Aquele perdão sincero, como pais que perdoam liberalmente seus filhos pelos seus erros ou palavras mal colocadas. O perdão que mantém unidos os errantes, não divide, não leva em conta o dano. As respostas, pelo menos a minha pesquisa, mostraram sinceridade. Nenhum dos entrevistados disse lembrar nesse dia de Jesus Cristo. A figura Central do verdadeiro cristianismo não tem sido mais lembrado do que enfeites, comidas, presentes e até exageros. Como são felizes aqueles que ainda conseguem se unir em família ou amigos em qualquer data e com verdadeira emoção. Quanto a Cristo, seus ensinamentos poderiam tornar melhores todos os dias do nosso ano. Mas, na data em questão, vejo apenas um estranho aniversário.