sábado, 23 de julho de 2011

Um dia com ele

Vamos lá? Nenhum dia é como esse. Tudo parece comum, nada de novo debaixo do sol. Até que num belo dia, belo não, um dia, temos que encontrá-lo. Pode ser na casa dos 40, dizem que essa é a idade ideal, ou um problema qualquer e lá vamos nós. Depois de preparar a cabeça e tomar um bom banho saímos de casa. No caminho, seja de carro ou de ônibus, vamos sabendo que a volta será diferente. Não voltaremos exatamente iguais. Ao entrar na clínica nos dirigimos à moça do balcão que nos dá um simpático bom dia. Então a fala mais difícil:
- Tenho uma consulta com o proctologista – A moça confere nosso horário e aponta em direção à sala desconhecida. A porta, uma inscrição confirma que não é nem sonho nem pesadelo. Sentamos e observamos vários homens ansiosos e pensativos. Alguns tentam ler uma revista, outros esfregam as mãos. A cada vez que baixa a maçaneta e abre-se a porta sai um homem de cabeça baixa rapidamente. Não cumprimenta os que aguardam nem se despede. Finalmente uma voz diz nosso nome. A voz vem lá da estranha sala.
Ao entrarmos o doutor nos olha por cima dos óculos e estende a mão. Antes de apertá-la olhamos brevemente para seus dedos. A mão não parece maior do que a da maioria, isso parece ser bom. O doutor muito educado pergunta qual o problema. Depois de ouvir o relato ele diz que se fosse um cardiologista não teríamos que mostrar a poupança, mas ele não é cardiologista. O doutor diz com educação, mas as palavras são difíceis de assimilar. Ele levanta e nós nos encolhemos. Então a frase do médico:
- Baixe sua calça, a cueca também – Depois de nos levantarmos e cumprir a primeira orientação ainda ouvimos:
- Agora se deite e vire sua poupança pra mim e relaxe – Essa última palavra é aterradora. Relaxar. O momento a seguir não deve ser descrito. Terminado o exame ouvimos o parecer do doutor. Ainda perguntamos se isso serviu como teste do toque. Ele diz que não. O exame do chamado toque, é feito por um urologista. Quer dizer que voltaremos àquela situação. Ao abrir a porta percebemos os pacientes ainda ansiosos. Eles fingem que não nos veem saindo da sala. Tentamos caminhar de cabeça erguida, mas será que há motivos para isso? Ao voltar nos surpreendemos por ver que tudo continua igual, voltamos iguais, continuamos sendo os mesmos homens que éramos há algumas horas, nada mudou. Talvez voltamos sabendo que não foi um bicho de sete cabeças e que é essencial. Poder ao final do dia entrar no bar do bairro e dizer em voz alta: “hoje fui ao proctologista” pode servir como desabafo. Dizer aos amigos pode incentivá-los a não demorarem em sua visita ao proctologista ou ao urologista. Continuaremos sendo os mesmos homens. Teremos boa saúde. Obrigado por sua companhia.

Seu “Manual”

- Seu Manual, qual a diferença entre ratificar e retificar? –
- Ora meu rapaz é o seguinte: ratificar é confirmar, validar. Retificar é tornar reto, corrigir, recondicionar –
- Valeu seu Manual!

Sabedoria

“Uma resposta quando branda faz recuar o furor, mas a palavra que causa dor faz subir à ira” Provérbios 15:1. Sábio conselho para o dia-a-dia. No trânsito, no trabalho e na família. Colocar em prática esse conselho pode ser um desafio, mas o resultado é construtivo.

Rua Célio Veiga

Quem mora ou passa pela Rua Célia Veiga não pode deixar de notar a melhora que houve com o asfalto e com a nova iluminação. Demorou é verdade, mas ficou bom.
Parabéns!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Pais

Pai pode ser herói, conselheiro, amigo, mas antes de tudo, é pai. Pai é ou deveria ser modelo de caráter a ser copiado com orgulho. Há uma variedade de pais. Não gosto do ditado: “Deus é pai e não padrasto”. Provavelmente por eu ser padrasto de uma moça de 20 anos, que desde os 6 só me chama de pai. Sinto que amor de pai e mãe ultrapassa o sangue. Que o diga quem conhece a música “Filho Adotivo”, de Sérgio Reis. O programa Estúdio Santa Catariana do último domingo mostrou um sujeito que agrediu violentamente seu enteado de três anos. Deixou chocados até policiais experientes. O problema é que a noticia está ficando comum. Às vezes quando mencionamos um caso desses as pessoas confundem e comentam outro similar. Com alguns pais o problema nem é a violência física. Conheci um “pai” que aos 80 anos foi procurado por um de seus dez filhos. Esse senhor não conviveu com nenhum dos dez filhos que fez. Certo dia um homem de 40 anos bateu a sua porta. Era um de seus filhos. Esse rapaz por anos procurou pelo pai. Seu pai, depois de ouvir o filho dizer que estava feliz por tê-lo encontrado, lhe disse:
- Quer mais alguma coisa? – Nem o convidou para entrar em sua casa. Deixou claro que não se emocionou com o encontro tão aguardado pelo filho. Esse senhor tratou o filho com toda a frieza possível. Já num enterro de um senhor de 73 anos um idoso de 96 anos chorava copiosamente. Esse de 96 era o pai do falecido. Não podia acreditar que perdera seu filho. Talvez pensasse que o filho tinha muito a usufruir da vida ao seu lado.
Ainda bem que há bons pais e bons filhos. Bons pais e bons filhos jamais devem fazer “vistas grossas” ao perceber maus tratos a crianças. Tem que denunciar na hora. Bons pais e bons filhos expressam em vida os sentimentos e assim se um dia chorarem será de saudades e não de remorso.

Seu “Manual”

- Seu Manual o certo é haja visto, ou haja vista? –
- Equivale a veja meu rapaz. É invariável. Use sempre haja vista. Exemplo:
Os grevistas não aceitaram as propostas do governo, haja vista os protestos no centro da cidade. Entendeu? –
- Perfeitamente. Obrigado! –

Inspiração

O engenheiro suíço George de Mestral, na década de 40 ao voltar de um passeio com seu cachorro, notou que sua roupa e os pelos de seu cachorro estavam com muitos carrapichos. Ele analisou minuciosamente os carrapichos e pouco tempo depois inventou um equivalente sintético, o velcro. Se a natureza demonstra e inspira sabedoria que dizer do Criador da natureza?

Engraçadinhos

Um amigo guarda municipal me contou um caso e eu presenciei outro. Um motorista estaciona seu carro na vaga de portadores de deficiência e sai mancando. Alguns metros depois um milagre, o cara começa a andar normalmente. Meu amigo guarda municipal conseguiu dar um flagrante na segunda tentativa do engraçadinho que agora terá que desembolsar um dinheirinho. Legal!

Ditado

O dinheiro muda o homem. Um grande empresário corrigiu esse ditado dizendo o seguinte: “O dinheiro não muda o homem, apenas o desmascara”.
Dá o que pensar. Muitos arrogantes escondem sua atitude até que um dia, quando passam a ter “bala na agulha” mostram o que sempre foram.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

A maneira de ver

É muito interessante como conseguimos ver as coisas de maneira tão diferente. Dependendo da posição em que estamos, ou do lado de quem queremos estar nossa maneira de ver pode variar. Certa senhora, por exemplo, quando ouviu a filha dizer que o marido havia comprado uma máquina de lavar roupas, disse:
- Já não era sem tempo. Você não é escrava para ficar lavando roupas a mão, ainda mais nesse frio. O João não fez mais que sua obrigação –
No dia seguinte chegou o filho dessa mesma senhora dizendo:
- Mãe, preciso comprar uma máquina de lavar roupa. A Suzana disse que não aguenta mais lavar roupa no tanque. Ela reclamou do frio – Sua mãe levantou-se e falou indignada:
- Ah essas mulheres de hoje. Lavei roupas nas mãos por anos e não morri por isso. Água fria nas mãos não mata ninguém. Compre só quando puder filho! –
A maneira de ver as coisas nos leva a ser parciais ou imparciais. Dependendo se queremos comprar ou vender, criticar ou defender, salvar ou deixar afundar; acabamos encontrando os argumentos necessários. Aí entra, ou deveria entrar a empatia, ou seja, saber nos colocar no lugar da outra pessoa. Tentar ver como a outra pessoa vê, nos ajudará a ter outra maneira de ver.

Ultrassom x memória

Recebi no mês de junho um telefonema do posto de saúde. A bondosa funcionária disse que o ultrassom de minha esposa estava liberado. Ela só teria que passar no posto e marcar a data. Pensei que minha esposa fosse dizer “que bom” e imaginei que ela iria imediatamente confirmar a data. Surpresa, minha mulher perguntou:
- Ultrassom, ultrassom, mas que ultrassom é esse? – Começamos a tentar descobrir que ultrassom seria aquele. Por que foi solicitado. Quando foi solicitado. Teria sido quando nasceu nosso filho caçula, ou melhor, quando ela ficou grávida em 1999? Pensamos que deve ser mais recente, talvez dois ou três anos. Só entendemos que esse telefonema, esse ultrassom, comprovou que nossa memória não anda muito boa.

Seu “Manual”

- Seu Manual o certo é dizer discriminalização ou descriminalização? –
- Ora meu rapaz, é descriminalização da maconha que se está discutindo. Entendeu?
Veja só. Discriminar é distinguir, diferenciar, separar. Veja a palavra em questão:
Descriminar é inocentar, absolver de crime, tirar a culpa. Compreendeu? É descriminalização! –
- Entendi direitinho seu Manual. Obrigado –

Acabou com a moral

Um senhor aposentado da policia federal tenta demonstrar indignação com a novela que passa na TV. Sua esposa logo ali atrás assiste à novela e ele afirma em voz baixa:
- Eu não gosto disso. Não perco meu tempo – Sua mulher ouve, levanta e diz bem perto de nós:
- Velho mentiroso. Não perde um capítulo. Ah, não assiste novela. Era só que me faltava – O velhinho não falou mais nada.

Prates

Por onde anda o Prates? O Prates está no SBT, canal 45, no jornal do meio-dia, desde fevereiro passado. Está também no Biguaçu em Foco. O Prates faz falta? Para alguns não, mas para muitos outros faz sim. Polêmico, porém, diz coisas que poucos diriam. A TV hoje mostra cenas imorais, degradantes, e quando alguém diz o que pensa, mesmo que esteja certo, vira uma tragédia. É ruim ouvir o que não serve e pior ainda quando o chapéu serve.

sábado, 2 de julho de 2011

“Seguro morreu de velho”

Que diferença. De um lado pessoas tentando uma adoção, alguns, dispostos até a adotarem crianças com seus irmãos ou com deficiência física. De outro lado algumas equivocadamente chamadas mães colocam monstros dentro de casa. Depois alegam não ter percebido maus tratos que os filhos sofreram. Criaturas que machucam e estupram, abusam de criançinhas, nem deficientes mentais são poupados.
Grandes diferenças existem entre nós. Como saber quem é ‘normal”?
Já ouvi uma jovem mãe dizendo que deixava a filha de quatro anos com o namorado. Ela saía para o trabalho e deixava o namorado dar até banho na filha. Se conheciam há poucas semanas. Como saber? Quanto tempo é necessário para se conhecer alguém a ponto de demonstrar grande confiança? O ditado ali de cima parece ser ótimo!

Papo de barbearia Encanto e desencanto

A conversa tem inicio como sempre. Uma grande diferença na maneira de comentar sobre a pessoa amada. Volta-se no tempo e ela diz:
- Ah ele é lindo. É tão carinhoso. Tão charmoso. Gosta de sair e é muito divertido. Tem tantos planos – Ela diz tudo isso sem parar de sorrir.
Semanas depois faz uma leve crítica ao amado. Mais algumas semanas se passam e agora as críticas são mais diretas;
- Só quer saber de futebol. Chega de madrugada. Quer que eu lhe dê tudo na mão. Ah, no meu aniversário meu deu um liquidificador. Por Deus que não joguei o liquidificador na cabeça dele - Alguém num cantinho pergunta meio sem jeito:
- Será que ele já era assim? – Um machão não aguenta e abre o coração:
- Minha mulher também. Ela só me elogiava. Tudo o que eu fazia era maravilhoso, eu era o tal. Até de cheiroso me chamava. Agora, ta tudo diferente – Aquela mesma pessoa lá do cantinho, pergunta de novo:
- Por que será que ela mudou tanto? –
Ninguém se atreveu a responder.

Seu “Manual”

- Seu Manual me disseram que não se usa a expressão “sendo que”?
- É verdade meu jovem. Não a use. Não é recomendável para unir orações. Experimente assim:
Encontrei-me com alguns amigos, dois dos quais não via há muito tempo.
-Valeu seu Manual, vou “evitar usar ‘sendo que”.

Parabéns aos jornalistas

Mais uma vez tem que ser eles. Fraudes são cometidas, golpes são aplicados. Até médicos e dentistas foram flagrados recebendo muito dinheiro e trabalhado pouco. Mais uma vez tem que ser eles, os jornalistas. Bons jornalistas fazem papel de investigadores e de fiscais, trazem a tona o que precisamos saber. Coisas que por anos acontecem são descobertas por repórteres e seus produtores com suas câmeras especiais. E se não fossem eles em?

Inaugurações na Avenida das Torres

Na última quarta-feira, foi inaugurado o Bistec no bairro Bela Vista. Filas se formaram desde bem cedo ao longo da Avenida das Torres para prestigiar esse novo e grande empreendimento. Interessante que havia carros estacionados na Avenida, o que normalmente não é permitido, mas tudo bem era dia de festa.
O NASA Comércio de Auto Peças, também saiu de Capoeiras e inaugurou sua loja quase em frente ao Bistec. Os moradores de São José agradecem a esses empreendedores e desejam sucesso.

Os livros Na Cadeira do Barbeiro

Na livraria Nobel no shopping Center Itaguaçu você encontra os livros Na cadeira do barbeiro. Histórias engraçadas e curiosas. É também um bom presente. No Centro de Florianópolis a Livros e Livros também tem os livros. Se preferir ligue: 3346-8801