quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Papo de barbearia - É muito mau

A conversa inicia a respeito de nos sentirmos a vontade, usarmos o que nos deixa a vontade. Será que vale a pena usarmos algo que não gostamos só para impressionar outros?
Nesse momento uma adolescente comenta a respeito de um tio que apareceu na formatura de sua prima usando uma camisa do Figueirense (diga-se de passagem, uma bela camisa) bermuda e sandálias, não especificou se eram havaianas e ainda uma pochete. Alguém próximo a conversa diz que para cada ocasião há roupas apropriadas. Diz ainda que num casamento ou formatura por respeito aos noivos ou formandos é essencial uma roupa a altura da ocasião. Quem ousaria discordar?
Querer sentir-se a vontade deveria prevalecer até numa festa em que houve tantos preparativos e onde a maioria honra os anfitriões com roupas dignas?
Vale sempre à pena lembrar que mesmo com simplicidade na vestimenta podemos honrar ou expor ao ridículo nossos anfitriões e nossos familiares.
Que o respeito e o bom gosto dominem nessas ocasiões, apesar do calor e de nossos gostos pessoais.

Barbeiros

Sabe por que mastros com faixas vermelhas e brancas em espiral eram usados para identificar as barbearia na Inglaterra?
Aquele sujeito que corta cabelos e barbas tem muita história, sabia? Além de ter histórias para contar sobre seu dia-a-dia sua profissão também tem uma bela história. Os barbeiros vêm de um tempo em que eram chamados “cirurgiões barbeiros”. Eles extraíam dentes, realizavam cirurgias de cataratas e até castravam.
Numa época em que meninos não podiam cantar nas igrejas percebeu-se que meninos castrados tinham sua voz afinada. Naquela época daria para entender caso um garotinho relutasse em ir à barbearia. Outros procedimentos eram aplicados em barbearias. Sobre esse assunto o jornal The Toronto Star diz:
“Era costume durante a sangria o paciente apertar uma vara com força em uma das mãos para que as veias dilatassem e o sangue jorrasse livremente”. Quando não estava sendo usada a vara era pendurada do lado de fora da barbearia para fazer publicidade. Muitas pessoas preferiam ser operadas por um barbeiro em vez de por um médico. Que loucura. Os barbeiros herdaram a marca da vara quando sua profissão foi dividida entre cirurgiões e barbeiros. Isso aconteceu no reinado de Henrique VIII, rei da Inglaterra no século XVI.
E os barbeiros hoje continuam ouvindo e tendo muita história pra contar. Não conte conosco no papel de cirurgiões, não valerá a pena. Mas continue tendo em seu barbeiro um barbeiro amigo.

Seu “Manual”

-O seu Manual. É delatar ou dilatar?
-Meu rapaz, é o seguinte. Delatar é denunciar, acusar de crime, revelar.
Agora dilatar é aumentar, ampliar, estender, alargar. Entendeu?
-Claro. Valeu seu Manual.

Prates

Uma semana após o desligamento de Luiz Carlos Prates do grupo RBS há muitas pessoas perguntando-se para onde irá o Prates. Conhecido por suas opiniões fortes, muitas vezes polemicas Prates tem admiradores e críticos. Mas algo que não dá para discordar é que ele ocupava grande espaço na mídia catarinense com muita habilidade, RBS TV, TV COM, CBN, Diário Catarinense e jornal Hora com pseudônimo Doutor Trabalho. Há cerca de sete meses recebeu ainda na RBS grandes homenagens por seus cinquenta anos de profissão. Prates é um dos jornalistas que tem me dado grande apoio a divulgação de meus livros. Para qual emissora irá o Prates? Vamos aguardar.

O livro Na Cadeira do Barbeiro

Leia um livro com histórias cômicas, curiosas e trágicas. Você encontra os livros Na Cadeira do Barbeiro nos seguintes endereços:
Livraria Nobel shopping Itaguaçu. Livraria Boreal shopping Ideal. Livraria Livros e Livros. Catarinense. Se preferir ligue 3346-8801 ou 8828-8494

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Garçom atrevido

Pascoal é um garçom preparado para lidar com qualquer situação, ou, com quase todas.
Quando chega ao hotel em que trabalha uma de suas cantoras preferidas sente que suas habilidades farão sucesso. O gerente do restaurante pede a Pascoal que vá até o quarto da cantora perguntar o que ela deseja no jantar.
Com toda sua classe pergunta a grande diva o que ela gostaria de jantar. Ela com educação e simpatia diz que irá descer para comer. Pascoal não teria com o que se preocupar.
Aquela noite ele já deixara o lugar da cantora reservado e sente que agiu bem, pois, o salão está lotado. Enquanto a admirada cantora não vem ele atende em passos acelerados aos clientes. De repente Pascoal olha para porta de entrada e vê uma senhora negra aparentando algo entre sessenta ou setenta anos. Ela está vestida segundo os pensamentos do refinado garçom como uma mera faxineira. A pobre idosa fixa os olhos em Pascoal e lhe pede um lugar. Pascoal, claro, não diz, mas pensa “por que essa velha faxineira não come no quarto, como conseguiu hospedar-se aqui?”
Pascoal pensa que a pobre velha não escolheu bem a noite para estar ali, afinal, aquela noite seria especial. Quando Pascoal se dá por conta a mulher já havia encontrado uma mesa desocupada e aproveitou o lugar. Pascoal segue em sua correria até que a senhora mal vestida o chama. Ela pede omelete, torradas e chá. Ele diz em tom firme que irá demorar. Quando entrega o pedido na cozinha ainda diz:
- Não tenham pressa nesse pedido! O salão está lotado com bons hospedes e a cantora já deve estar chegando para jantar. A velha espera. -
Depois de uns vinte minutos a velhinha lhe chama de novo e pergunta o porquê de tanta demora em seu pedido. Ele com desdém diz que há muitos pedidos na sua frente e segue a passos rápidos sem dar atenção a velhinha.
Nesse momento um silêncio toma conta do salão. As pessoas apontam com discrição para a porta e citam o nome da cantora. Pascoal estufa o peito e assim que chega bem na frente da cantora nota que ela olha em volta e fixa os olhos na velha mal vestida. Pascoal acompanha seu olhar e antes que ele possa abrir a boca para se desculpar pela velhinha mal vestida à cantora abre um grande sorriso e diz em alta voz:
-O mamãe. Que bom que a senhora veio!

Seu Manual

-O seu Manual a policia deu um flagrante ou fragrante?
-O meu jovem, flagrante é aquilo que é evidente, indiscutível.
Fragrante é perfumado, cheiroso.
Nesse caso é a policia deu um flagrante.
-Seu Manual, valeu!

Ela

Sua beleza é inspiradora.
Sua fala animadora.
Seu semblante é a mais pura harmonia.
Tua face emite a luz que clareia meu dia.
Não há beleza na terra que se compare com a sua.
Criação tão bela. Provisão divina. A mais bela menina.
Você ilumina meu caminhar.
Você inspira meu poetizar.
(Poema de Vinicius Arceno, 21 anos, representante comercial)

Eike Batista

Este comentário de Eike Batista foi publicado no jornal The Guardian e também no Diário Catarinense há poucos dias. Preste atenção:
“Já vivemos tempos difíceis do ponto de vista econômico, mas se vê muito mais generosidade entre brasileiros de baixa renda do que entre a classe média e ala, de quem, honestamente, poderíamos nos envergonhar. Tem brasileiro que não admite que é rico só porque não quer ajudar. Seus filhos andam de carro blindado. Mas vamos mudar isso. Aqui é o paraíso”.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Durão

Havia um barbeiro muito calmo e bondoso, para alguns até um tanto bobo.
O barbeiro tinha paciência com todo mundo o que irritava seu vizinho Gervásio que era um cara pávil curto, durão.
O barbeiro Zezinho não tinha boca pra nada, vivia engolindo “sapo”. Gervásio não levava desaforo pra casa, não tinha papas na língua.
Um sujeito que não conhecia essas duas figuras tão diferentes encontrou por acaso Gervásio. É que Gervásio tinha um carrinho de cachorro quente, por sinal um bom cachorro quente. Gervásio não fazia fiado. Tinha até uma plaquinha com os dizeres,
“fiado só acompanhado das tataravós”, ninguém o convencia de abrir uma exceção.
Mas o tal sujeito desconhecido tinha uma lábia sem igual. Depois de fazer perguntas e elogios ganhou a simpatia e a confiança de Gervásio algo tão difícil como rir assistindo Zorra Total.
Com o sorriso do durão Gervásio o tal sujeito comeu um cachorro quente completo e tomou uma coca-cola, para pagar amanhã, sem falta.
O Gervásio não sabia que o tal sujeito havia mais cedo naquele dia passado na barbearia do Zezinho. Para o barbeiro ele contou que não havia recebido e queria cortar o cabelo e fazer a barba e pagaria quando voltasse do banco. O barbeiro aceitou colaborar com o tal sujeito. Quando terminou o serviço disse ao sujeito que o ônibus passava bem em frente à barbearia. O sujeito olhou para o barbeiro e disse que iria a pé, pois, não tinha dinheiro nem para pagar o coletivo. O barbeiro com uma calma de dar raiva em quem visse ofereceu dinheiro para a passagem e o tal sujeito se foi.
Gervásio, durão como sempre ficou preocupado ao ouvir a história do barbeiro. Pensou: será que levei um golpe? Começou sua noite de trabalho no cachorro quente sempre olhando para os lados a espera do tal sujeito. Seu expediente findou e o tal rapaz não chegou. Na manhã seguinte Gervásio foi falar com Zezinho e ficou surpreso com a ingenuidade do barbeiro. Disse ao barbeiro “tu és um tolo” e acrescentou “eu é que não vou deixar assim eu pego ele”.
Pois o Gervásio deu uma de detetive e encontrou o tal sujeito que trabalhava como servente de pedreiro numa obra ali perto. Gervásio deu uma “dura” no velhaco ali mesmo. O rapaz se desculpou e disse que a noite passaria no carinho de cachorro quente e pagaria Gervásio, prometeu.
Gervásio foi até a barbearia de Zezinho e contou sobre sua conversa com o sujeito.
Na manhã seguinte o Zezinho estava curioso e assim que encontrou Gervásio perguntou:
-E aí? O rapaz veio? O Gervásio respondeu:
-O Zezinho ele veio sim. Que cara legal. Ontem ele esteve aqui levou três cachorros quente, uma coca-cola e uma cerveja e disse que vêm hoje a noite pagar tudo, sem falta.

Seu “Manual”

-O seu Manual, eu escrevo “o trânsito não está fruindo ou fluindo bem”?
-O meu rapaz. Fluir é correr em estado fluido, liquido, escorrer, passar.
Fruir é desfrutar, gozar, usufruir. Portanto o trânsito flui.
-Valeu seu Manual. O senhor sabe tudo em?
-Ora que isso rapaz.

Frase interessante

Há quem diga que a frase é de autoria de Herbert Vianna. Seja lá de quem for é boa.
“Estamos muito preocupados em deixar um mundo melhor para nossos filhos e não em deixar filhos melhores para o mundo”. Dá o que pensar!

SESC

Vale à pena elogiar os funcionários do SESC de Cacupé. Recebem e tratam os visitantes de maneira especial. Para quem aprecia bom atendimento é fácil perceber que a turma do SESC gosta do que faz e faz muito bem. Parabéns!