segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Programa Na Cadeira do Barbeiro. Nas ondas do rádio, os bons bate papos, informações e boas músicas. Produção e apresentação: Deivison Pereira. Mais de 40 comunicadores já contaram a sua história no melhor lugar - Na Cadeira do Barbeiro. Todas no Portal Caros Ouvintes!




quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Fale a língua do seu amor!

Não é a primeira e não será a última vez que abordo esse tema e esse autor aqui em minhas 
crônicas.
 “As 5 Linguagens do Amor” de Gary Chapman. Segundo estudos de Chapman existem 5 maneiras de nos comunicar, ou melhor ainda, 5 tipos de pessoas com características diferentes em suas necessidades emocionais. Por essa linha de raciocínio quando uma pessoa não tem seu “tanque emocional” cheio, ela tem dificuldades em seu relacionamento.
Mais do que interessante, precisamos falar a “língua primária” do nosso cônjuge.
Quais são elas? A- Palavras de afirmação – B- Tempo de qualidade – C- Presentes – D – Atos de serviço – E- Toque físico.
Estou lendo pela segunda ou terceira vez esse livro. Consegui descobrir minha primeira linguagem, e, mais importante, a da minha esposa. Pode haver uma segunda também, mas fiquemos com a primeira.
Como disse que não seria a última vez que vou abordar esse livro não vou mencionar todas, até porque o leitor (a) também tirará suas conclusões se quiser ler o livro.
Imagine uma pessoa que tenha como primeira linguagem - o toque físico. Essa pessoa, homem ou mulher, tem a necessidade do toque, de carícias, de afagos, abraços, andarem de mãos dadas, mesmo um toque aparentemente sem nexo, como tocar seu ombro ao passar por ela. Isso inclui o sexo, mas Chapman alerta, o sexo vem depois, bem depois, o carinho, o toque, precisa fazer parte do dia a dia.
E alguém que tem como linguagem primária - palavras de afirmação? Ele cita Mark Twain, que disse certa vez: “Posso viver dois meses com apenas um elogio”. A Bíblia diz em Provérbios 18:21: “A língua tem poder sobre a vida e a morte”.
Todos gostamos de elogios, mas a pessoa que tem essa como sua primeira linguagem precisa e muito desses elogios. Na verdade, sem eles, seu “tanque emocional” fica vazio, o oposto é verdadeiro. Elogiar como a pessoa está bem vestida. Elogiar um bom trabalho que a pessoa realiza. Isso para citarmos apenas alguns elogios, que são para a pessoa, palavras de afirmação.
O ponto incrível que encontrei nesse livro é o fato de nos preocuparmos mais com o nosso cônjuge. Não ficar esperando que ele, ou ela, faça a sua parte, mas nós descobrirmos a linguagem primária dela ou dele e colocar em prática. Difícil não dar certo.
Há outras linguagens, mas ficaria um texto longo. “Encher o tanque emocional” de nossa esposa ou marido não tem preço. Vê-lo feliz e realizado não é apenas gratificante. A pessoa, amada do jeito que precisa ser amada retribui. E se ela também descobrir e falar a “língua do outro”, aí teremos casamentos que lembram o noivado e voltamos ao namoro, mas com maturidade, doação e cumplicidade. Experimente, fale outro “idioma”, a “língua” de quem ama. Faz lembrar Atos 20:35: “Há mais felicidade em dar do que em receber”.
Viva, trabalhe, estude, mas fale a língua do amor.

(Obrigado por me acompanhar neste 3º ano aqui no Caros Ouvintes. Voltaremos a nos encontrar em janeiro. Abraços!)


quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Quanto vale um amigo


Se alguém perguntasse: “Quantos amigos tu tens?” O que responderia? Talvez venha a nossa mente o nome daquele melhor amigo ou amiga. Quantas músicas falam de amizade. “Amigo é coisa pra se guardar no lado esquerdo do peito”. “Você meu amigo de fé meu irmão camarada, amigo de tantos caminhos e tantas jornadas”.  E que tal essas: “Mas há um amigo que se apega mais que um irmão”, “O verdadeiro amigo ama em todos os momentos. E se torna um irmão em tempos de aflição”. Provérbios 18:24 e 17:17.
Costumamos dizer que colegas e conhecidos temos muitos, mas amigo, de verdade...
O que definimos como amigo de verdade? Se for aquele que aprecia nos ouvir, demonstrando interesse em nossos assuntos e passando bons e maus momentos ao nosso lado, esse é amigo.
Parece até fácil definir o que é um verdadeiro amigo. Mas e eu, e o leitor, a leitora, somos amigos de alguém ou de muitas pessoas?
Olhar nos olhos de alguém e notar que há algo de errado e não permitir que nossa correria e interesses pessoais nos impeçam de parar e ouvir nosso amigo. Olhar para um amigo e deixá-lo saber que estamos aqui para o que der e vier. E saber que às vezes nosso amigo (a) não está em condições de se expressar como de fato gostaria. Alguém que seja atropelado e muito ferido não tem condições de chegar sozinho em um hospital. Talvez nem consiga pedir ajuda.
Falar sobre sentimentos pode não ser fácil, mas é essencial. Ter ombros, ouvidos, mente e coração aberto para ouvir e falar é vital. Caso contrário teremos “um milhão de amigos” que nem sabem nosso sobrenome, nossos gostos, anseios, defeitos e habilidades. O mais difícil é termos tempo ou interesse em nos doar? Falar a um amigo no dia do seu funeral o quanto o amamos será como palavras lançadas ao vento. Falar a um amigo o quanto o amamos e nos doarmos em vida produzirá a felicidade guardada nos olhos e corações pedindo por um: “Por favor, me ouça”. E quantas vezes nós também queremos isso, apenas não falamos. Mas a pergunta é: Quanto vale um amigo? Imagine o seu melhor e verdadeiro amigo e tente calcular.
Se não tiver um amigo consiga um ou muitos. Quanto custará? O mais alto valor. Depois, cultive essa amizade. Talvez até chegue a conclusão que não tem preço!

 (Sinta-se a vontade em deixar comentários sobre quantos amigos têm e o que faz um verdadeiro amigo)

Matéria sobre meu segundo livro na RBS TV Crônicas Na cadeira do barbeiro

https://www.youtube.com/watch?v=2JhrEsKm3V4

domingo, 6 de dezembro de 2015

Pensamentos velados

Há quem diga: “Poxa, eu falei sem pensar”. Ou: “Ah, eu não queria ter dito isso”.
Sempre tive dúvidas quanto a isso. Como podem chegar às palavras em nossa língua, em nossa boca, sem ter primeiro passado pela cabeça, pelos sentimentos?
Tenho um amigo que no alto dos seus 80 anos de idade e muito sábio costuma lembrar um ditado: “Somos escravos das nossas palavras e senhores do nosso silêncio”. Meu amigo, senhor Tufi, faz muito bem em nos presentear com essa maravilhosa frase de reflexão.
Nunca antes vi tantas “placas” de igrejas, tantos religiosos, tantos acadêmicos, tantos doutores, e nunca tinha visto tanta intolerância, preconceito, impaciência. Desde uma fila na sinaleira ou no supermercado. Ou com pessoas de outra denominação religiosa. E ainda pela cor da pele ou origem, de outro país ou outro Estado. Quanta raiva, indignação.
A ignorância leva pessoas a agirem de maneira imprópria. Ignorar o que não conhecem. Não fazer caso e não querer entender o outro lado da história.
Ouço na CBN que funcionários haitianos são maltratados em alguns lugares. Quem faz isso tem a audácia de se considerar melhor que eles, quando na verdade ainda não chegam nem perto de seu caráter.
Se “pinta um quadro” de certas classes de pessoas ou profissionais e pronto, assunto encerrado.
O interessante é que muitas dessas pessoas que ao contrário do amar procuram ser tolerantes. Tolerar é bom sim, mas depende do quê. Se sempre toleramos com a vontade de pular no pescoço do outro é porque não temos amor, compaixão, empatia.
Muitos celebram em dezembro o nascimento de Cristo. Segundo estudos e pesquisas Jesus nasceu lá pelo início do mês de outubro. E ainda assim, como diz outro ditado: “a mão que bate é a mesma que acaricia”. Ou seja, esses mesmos preconceituosos, racistas, intolerantes, terão a coragem de festejar fora de época o nascimento de alguém que viveu e demonstrou o amor em sua plenitude. Beijos e abraços e felicidades serão “disparados a torto e a direita”, por alguns que não são assim ao longo do ano, ao longo da vida.

Atos de bondade, de amor ao próximo, de respeito, deviam fazer parte da vida, parte de nós. O Bullyng, as piadas e desrespeito com pessoas que demonstram fé e amor, o preconceito, já deveria ser trabalhado em casa, por nós, pais. Caso contrário, aumentará o número dos que se julgam superiores. Haverá mais pessoas dizendo: “Eu não queria ter dito isso”. Queria sim. Assuma. Ou então, mude a maneira de encarar a vida, as pessoas. Renovar nossa maneira de pensar nos dará o maravilhoso som do silêncio quando necessário e palavras brilhantes que saem de um coração e mente de pessoas que falam o que pensam de melhor!

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Assunto “indigesto”?
Difícil de digerir. Que causa indigestão. Ou ainda confuso, enfadonho e intragável. Pra que falar então em assuntos indigestos? Porque quando envolve coisas que afetam a nossa vida, nossa maneira de ser, de nossos filhos e de escolhas, parece que vale mais deixar pra lá.
Já imaginei em certa ocasião que somos nossos “melhores advogados”. Quando é comigo ou com um dos meus, ah, aí a coisa é diferente. É como aquela situação: “Eu posso criticar meus filhos, mas experimente outro fazer isso”.  Ou a frase: “Se conselho fosse bom ninguém dava, vendia”.
Quantos de nós estamos de fato preparados para ouvir críticas a nosso respeito ou a alguém amado? Não é fácil, mas “cabeças boas” tiram bom proveito disso. Já foi dito por alguém: “Conselho é como dinheiro, receba, mesmo que não use agora, um dia vai precisar”.
Coisa fácil é observar e ser como “técnicos” dos defeitos dos outros e dos filhos dos outros.
Ouvindo na TV uma filósofa e psicanalista dizer que “as pessoas parecem ter medo de falar em assuntos que envolvem moral” me coloquei a pensar nas palavras do texto de hoje.
Sexo. O incentivo é tomar cuidado. Não engravidar e não ser engravidada. Não contrair doenças sexualmente transmissíveis.
Bebidas. Conselhos: beba com moderação. Se beber não dirija.
 Aborto. O corpo é seu, a vida é sua. Decida o que achar melhor.
Indigesto dizer que o sexo é algo sério e para ser levado com seriedade. Que é para pessoas que têm uma verdadeira união, casados. Indigesto, não?
Indigesto dizer que é um absurdo distribuir preservativos a todos e pronto, “fizemos a nossa parte”.
Indigesto dizer que uma gravidez é alegria, que com seis semanas de gestação o coração da criança, da pessoa, do filho, já bate mais de cem vezes por minuto. Como é mesmo que chamam alguém que tira a vida da outra pessoa sem dar a ela a chance de defesa? Quanto eufemismo usei até aqui. Ah, claro, é assunto indigesto.
O que será da próxima geração? Por um lado tanta evolução e por outro tanta permissividade.
Há pessoas que criticam certos programas de TV, mas os assistem. Músicas então. Coisas e frases totalmente imorais são repetidas e pais acham bonitinho o filho ou a filha cantando e dançando.
Quando as virtudes viram matéria de jornal. Um ato de bondade preenche a pauta de certos programas, é porque a coisa está feia. E não é culpa só da imprensa. A imprensa faz parte da roda da vida e das coisas da vida e não tem tanta liberdade assim.
Não é preciso ser um moralista, um antiquado, um careta, um chato, um atrasado. É preciso só ter consciência do que estamos “plantando”. A situação de hoje foi plantada “ontem”.
Alguns em desespero disparam frases sem nexo: “Devia voltar o militarismo”. Que isso?
É bom atuar na comunicação em ambientes livres para expressar e ouvir. Se assim não fosse que valor teria ser jornalista, para que mais serviria a imprensa? Se sentir o estômago embrulhado, um enjoo, talvez não seja por ter comido algo de ruim. Pode ser o que tem visto e ouvido por aí. Melhor sentir a indigestão. É sinal de que ainda temos certa medida de sensibilidade a “assuntos indigestos”.


Argumentos e orientações.
Se por um lado a humanidade tem demonstrado avanço, e em diversas áreas, por outro, pelo menos alguns, parecem regredir.
Numa época de tantos “evoluídos nos estudos”, tantos religiosos, tanto se falando em paz e um NÃO a corrupção, notamos atitudes e palavras que nos deixam de “queixo caído”.
Algumas situações:
Segurança. Pegar carona é mais arriscado do que deixar uma porta aberta a noite. Opa! Será?
Andar na rua ouvindo músicas com fones no ouvido é perigoso porque talvez não ouçamos o anúncio, “Isso é um assalto”, e aí o bandido indignado atira mesmo.
Mas nem tudo está perdido. Temos recebido ótimas instruções sobre como ser assaltados.
Os especialistas em segurança, na melhor das intenções, nos passam lições. Não mostrar distração no carro parado numa sinaleira, ou não andar com o celular na mão e os olhos no celular. Os ladrões sabem que essa é a situação ideal para seu “serviço”. Se ainda assim sofrermos um assalto, também há instruções que talvez nos protejam e facilitam um pouco a vida do bandido. Outro dia uma reportagem de TV mostrava inclusive como devemos erguer os braços, aquela posição de rendido, “mãos ao alto”. Ah, e quando a vítima for entregar algo ao assaltante tem que informá-lo, “Vou pegar o celular ou a carteira com a mão direita”. Assim talvez ele não atire na vítima. Não correr, não reagir. Concordo plenamente. E ainda creio que quem reage não o faz de sã consciência, é fator psicológico.
Será que logo as escolas incluirão dar instruções sobre como “ser assaltados com menos riscos de morte”?
A santa inocência. Outro dia uma mulher foi estuprada ao pegar carona. Vítima de monstros.
Uma mulher que foi entrevistada disse: “Não acredito que hoje com tantas mulheres por aí, tão fácil que está ainda tem estupradores”. Quem estupra não deve estuprar só porque quer sexo. Estupra porque é um ser perigoso, deveria no mínimo cumprir prisão perpétua.
Nunca que uma pessoa, ou homem de caráter pensará em estuprar uma mulher só porque ela usa roupas provocantes, ou porque aceitou ingenuamente uma carona.
Agora há um ponto complicado. Algumas mulheres não denunciam, ou por medo, ou por “amor”, ou vergonha. As que denunciam têm recebido a devida proteção? A polícia faz o seu trabalho, e no decorrer dos dias e semanas?
Todo cuidado é pouco. Como pais precisamos continuar instruindo nossos filhos e filhas.
Há alguns dias em meu programa de rádio ouvi algo muito importante. O narrador de futebol Salles Junior disse que ele e seus 3 irmãos recebiam do pai a ordem: “Respeito com as filhas dos outros, não tenho filha, mas não quero filho meu faltando com o respeito com a filha de outros”. Bravura. Um homem que ensina o filho, homem, a respeitar as mulheres é um homem de caráter. Assim também mães que não são machistas. Ou seja, aquelas que se orgulham de ter um filho “garanhão”.
No mais é conversa fiada. Moças têm que ficar mais atentas do que nunca. Não aceitar um namorado que ouse levantar a voz ou a mão. “Ah, é o jeito dele, foi só essa vez”, santa inocência.

Seguro morreu de velho. Mas creio que se esse “tal senhor seguro do ditado” está correndo mais riscos hoje. Nada de pessimismo. Mas sem essa conversa de que elas estão dando motivo para que o estuprador cometa seu ato. Já não bastam as orientações que nos protegem e facilitam a vida dos bandidos? Quem vai continuar conseguindo argumentos quando já está “na cara”. A ocasião não faz o ladrão. A ocasião revela o ladrão. Covardes que batem em mulheres. Sem vergonhas que abusam ou estupram não o fazer pela ocasião, fazem pela própria maldade. Quando os argumentos são duvidáveis e as orientações um consolo, é hora de “abrir os olhos do entendimento”!

Aos ouvintes do Programa Na cadeira do barbeiro uma pequena parte da entrevista com o radialista e comediante, Mayko de Souza. A entrevista completa vai para o Caros Ouvintes. Meu carinho aos ouvintes e a todos que têm passado por aqui!