segunda-feira, 31 de maio de 2010

Dialetos. Vai ou fica?

Dialetos, idiomas, gírias, maneirismos. São tantas as maneiras de falar que confusões podem facilmente ocorrer.
Seu João cultiva um belo e elegante bigode por mais de trinta anos, nunca o havia tirado, nem uma única vez. De viagem com a esposa, foram a Aparecida, como todos os anos, só os dois e claro o bigode.
O irmão de profissão, lá daquela região, atendeu o seu João. Seu João entrou na barbearia do prezado colega e pediu que este lhe fizesse a barba. O barbeiro começou seu trabalho e ainda perguntou, e talvez o modo da pergunta tenha sido por saber que seu João viera de longe, estava de passagem, o barbeiro perguntou:
-O bigode vai ou fica? – Para o barbeiro a pergunta parecia lógica. (O bigode vai de volta a São José ou fica em Aparecida?)
Seu João entendeu a pergunta de outra forma. (O bigode vai para o chão ou fica na minha cara)
Note que cada tinha uma leitura, talvez um certo “dialeto”, vai ou fica do barbeiro e o vai e fica do seu João. Seu João respondeu:
-O bigode fica!- O barbeiro entendeu assim: Fica aqui em aparecida, ele quer que eu raspe o seu bigode. E o barbeiro num golpe rápido e certeiro lhe tirou o companheiro de mais de trinta anos. Seu João gritou:
-Não. Não, meu bigode não-
-Mas eu perguntei e o senhor disse o bigode fica, fica na barbearia. -
-Não. Fica na minha cara- Já era. O bigode ficou no chão da barbearia, em Aparecida.
E lá voltaram seu João e esposa, só os dois. Que mal entendido!

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