segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Poupar tempo?


Há frases que marcam, muito depende de como são apresentadas. Assistindo uma palestra há poucos dias fiquei meditando em uma em especial. O orador disse em certo momento: “Tempo não podemos guardar para usar mais tarde, diferente do dinheiro o tempo tem que ser bem usado e agora”.
Gostei e meditei. “Tempo bem usado, agora”. Dinheiro, que é difícil de guardar, é importante. De um jeito ou de outro por uma necessidade especial ou algo simplesmente desejável o dinheiro estará lá, guardado.

Já o tempo pode revelar-se mais valioso do que o dinheiro. Como? Sem tempo quem ganha dinheiro? Sem tempo quem usufrui o dinheiro. Sem tempo o que fazemos?
Então vale poupar o tempo? Poupar tempo pode ser útil sim. Não guardando ele para ser usado lá futuro o qual nem sabemos se estaremos aqui. Poupar tempo por saber usá-lo com sabedoria – a arte de usar bem os conhecimentos adquiridos.

Poupar significa: gastar moderadamente, economizar, etc.
Como fazer isso com o tempo? Se gastar dinheiro moderadamente e economizar já é um desafio, imagine então o tempo.

Há o tempo que perdemos e existe o tempo que investimos. Perdemos tempo com a imobilidade, horas no trânsito, em qualquer hora e quase todos os lugares. E sem esperanças de que alguém dedique tempo e dinheiro a resolver isso. Será que haveria como aproveitar esse tempo no trânsito, angustiante e persistente? Talvez ouvindo algo realmente significativo como um curso, boas músicas ou qualquer outra coisa que possa amenizar essas horas perdidas?

Perde-se tempo, apesar de ser algo muito pessoal, em coisas desnecessárias nas redes sociais.
Com frequência ouço: “Meu Deus, quanta bobagem postam aqui”. Mas postam porque terá alguém desocupado ou “aproveitando” seu tempo livre assistindo ou lendo tais bobagens.
O bom é que o tempo pode ser investido em vez de perdido. Pode ser dedicado no lugar de mal usado. Se eu tivesse hoje 80 anos de idade talvez pensasse em como poderia ter usado melhor meu tempo. Quantas outras coisas poderia ter feito. Quantas pessoas poderia ter visitado, quantos poderia ter abraçado e falado o quanto os amava.
Se soubesse ter uma doença terminal pensaria com quantas coisas sem valor perdi o sono. Com quantas pessoas perdi contato por correr atrás do vento. Por que deixei de perdoar pessoas que me fizeram o mínimo de mal, ainda que não fosse o mínimo.


Tempo, já ouvimos isso. O ontem já foi. O amanhã ainda virá, será? Não para todos. Mas o hoje é chamado maravilhosamente de - presente. Se tivermos ou 80 anos ou uma doença terminal ainda haveria algum tempo. Mas se estivermos razoavelmente bem que tal pensar: O que farei com meu tempo, vou usufruí-lo agora e da melhor maneira ou “guardá-lo” para o futuro?

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