quinta-feira, 21 de abril de 2016

Sua história passa por aqui!

Acredite, sua vida dá um livro. Comunicação é uma dádiva e uma arte. Consiste primeiro em ouvir. Quem não aprecia um bom ouvinte? Falar e expressar-se é importante, mas não se fala e não se comunica a menos que se ouça. Houve um tempo em que senti que precisava fazer algo, mas não sabia o quê? Lembrei que uns 15 anos antes havia iniciado um livro, romance, com a história de vida do meu pai. Escrevi algumas páginas de próprio punho e parei. Então, voltou à vontade de escrever, mas o que, sobre o quê? Os pensamentos me levaram a um filme que havia assistido anos antes: Cavalgada das Paixões. A história se passava no início do século XX. Um exímio barbeiro fazia algo especial. Em sua barbearia havia uma grande estante. Nela havia vários canecos e em cada um deles, o nome dos seus clientes. Aí entendi tudo. A barbearia não nos traz apenas uma clientela, ou fregueses, ela traz pessoas, cada uma tem um nome, cada um com sua história. E essa história vai ficando no salão. Cada visita é como se fosse um capítulo contado, ou melhor, compartilhado. Depois de conversar com a professora e escritora, Irene Rios e o jornalista, Luiz Carlos Prates, compreendi que poderia escrever curtas histórias, crônicas. Só que houve um engano, eu pensei que soubesse escrever. A família, os amigos e a imprensa deram grande apoio. Daquele primeiro livro lançado em 20 de abril de 2009 surgiram outras ideias. Publiquei mais dois livros, agora são 2 de crônicas e 1 romance. Não parou por aí. Em junho de 2009 comecei como colunista dos jornais em Foco. Depois meu blog, Portal Caros Ouvintes e programa de rádio. Em 2013 fiz meu registro profissional de jornalista. Hoje, minhas crônicas vão além das histórias da barbearia. Mas foi ali – Na cadeira do barbeiro que tudo começou. Imagine ouvir uma história assim: Um casal se separa. Poucos meses depois o marido, seu Antonio, meu cliente, fica sabendo que a ex-esposa está com uma grave doença. Doenças degenerativas são ainda mais tristes. Mas seu Antonio disse a dona Marli e a filha que ajudaria a cuidar da mulher que fora sua esposa por cerca de 20 anos. A doença progrediu. Seu Antonio durante mais de 10 anos manteve-se ocupado ajudando dona Marli. Mesmo em outro relacionamento seu Antonio comunicava que continuaria ajudando dona Marli. E assim foi até o dia em que ela descansou de sua agonia - Unidos depois de separados - Há muitas histórias, algumas emocionantes, outras hilárias. O jornalismo vive mesmo disso, a vida e o ser humano. Vou continuar publicando e relembrando algumas dessas belas histórias, afinal de contas, foi ali que tudo começou. Se sua vida daria um livro? Para mim sim. Independentemente de onde o leitor (a) morar; seja lá qual for a sua história. Ela passa por aqui!

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