quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Dois jeitos de ser


Quem já sentiu a necessidade de encontrar alguém para compartilhar a vida, namorado ou namorada, esposa ou marido, talvez tenha pensado em encontrar a “outra metade da laranja”.

O que esperamos com a “outra metade da laranja”? Encontrar alguém que combina muito conosco, alguém diferente para nos completar?

Como deve ser viver com alguém que tem os mesmos gostos, desejos, manias, ambições, medos e outras coisas muito parecidas?

E como deve ser compartilhar a vida com alguém com diferentes gostos, opiniões, desejos e medos?

Amizades não costumamos idealizar. Conhecemos alguém e dependendo da “afinidade” nos tornamos amigos ou não. Ainda assim é comum discordarmos em algumas coisas e opiniões de nossos amigos.

Casar com alguém muito parecido pode fazer com que ambos queiram seguir “os mesmos caminhos” e falte alguém para colocar um “freio”, para não agirmos por impulso em situações em que seria necessário um ponto de equilíbrio.

Um é muito ousado, “mete a cara” e pronto, não tem receio de que suas decisões deem errado. Pode até parecer um tanto irresponsável, ou é simplesmente ousado.

Alguém que pense diferente pode completar uma relação de maneira especial.

Ter como parceiro na vida e da vida alguém que pare e pense e que ajude a avaliar melhor as decisões sem precipitações deve ser bom.

Deve ser também complicado alguém muito melindroso, aquele ou aquela que acha que nada nunca vai dar certo e costuma ser um “freio de mão sempre puxado”.

Entre as “duas metades da laranja” que completam uma relação a “outra metade” pode ser parecida ou diferente.

Ser parecidos deve ter benefícios ou vantagens e desafios. Ser diferentes também.

A poesia na música de Peninha: Matemática; aborda uma relação “da outra metade da laranja” quando ela é diferente e feliz.  A essência da canção diz:

"Você ama matemática eu adoro português, me arrependo do que fiz e você do que não fez, eu preciso de silêncio e você de multidão, dois jeitos de ser, um só coração; é, e é por tudo isso que está dando certo, melhor coisa do mundo é ter você por perto... sou a pessoa mais amada da cidade”.

Então sempre que ouvirmos um amigo ou amiga se queixando do marido ou da esposa, de que ele faz e pensa assim, ela diz e pensa diferente, é a “outra metade da laranja” se expressando.

O problema, se é que há problema, talvez seja não termos percebido que essas “diferenças” podem justamente ser a essência, a elegância e a segurança de uma boa relação.

Sugar o melhor dessa “laranja” pode ser bem mais saboroso se valorizado em vez de criticado.

Saborear essa “diferença” pode nos ensinar em vez de nos irritar.

Aprender e compartilhar com essa “metade da laranja” nos fará vê-la como inteira, afinal de contas quando a conhecemos já éramos inteiros, talvez apenas não tivéssemos percebido e só percebemos graças a essas maravilhosas diferenças.


Dois jeitos de ser não precisa impedir de unir e de amar!

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