domingo, 3 de dezembro de 2017

Aquele que em tudo crê

Aquele que em tudo crê

Quem já não conheceu aquela pessoa que acredita em tudo o que lhe dizem?

Os escravos eram persuadidos, portanto, levados a crer que comer manga e tomar leite com minutos ou horas de diferença lhes faria muito mal; poderia os levar à morte. Essa maldosa e errada informação colocava medo nos ingênuos escravos e protegia os bens dos seus amos. Pura crueldade com base na ignorância.

Qualquer um de nós é capaz de lembrar de coisas que em nossa infância pareciam reais ou assustadoras e agora damos risadas.

Mas e hoje, quantas coisas ainda levamos a sério e lá no futuro é que entenderemos nosso equívoco?

O pior é crer em qualquer coisa sem base sólida e talvez morrer sem saber o porquê.

Se perguntarmos para alguém o motivo real; talvez para nós mesmos, o por que não comemos carne na sexta-feira santa; a razão pela qual acendemos velas em bolos de aniversários e perto de caixões em velórios; os motivos de estourarmos fogos na virada de ano; se procurarmos as respostas, talvez ficaríamos surpresos, assim como ficariam os escravos lá do passado que evitavam comer manga e tomar leite no mesmo dia.

Pessoas inexperientes creem em qualquer coisa que lhe dizem; pessoas experientes, “maduras” e inteligentes pensam antes de agir, analisam com calma tudo o que ouvem; mesmo que pareça ter vindo de fontes seguras; como em telejornais, e principalmente, nas redes sociais. Aliás, nas redes sociais praticamente qualquer pessoa publica o que quiser sem assumir responsabilidades.

Ouvir a opinião de mais de um médico ou dentista é muito importante.

Há poucos dias li algo especial: Aprender é um processo de superação de preconceitos e estereótipos. Sim, aprender não envolve apenas ter tempo, antes - a superação. Aceitar que muitos dos nossos conceitos e entendimentos podem não estar certos; ou pelo menos precisam ser ajustados. E quem está disposto a isso? Os que têm “sede” de aprender.

A sociedade parece estar acostumada ao: “Ele rouba, mas faz.” Como se isso justificasse ações levianas. Não seria um caso parecido a essa situação?

“Um marido traído mantém seu casamento alegando que embora a esposa seja infiel ela é linda, cozinha bem, é boa mãe, cuida bem da casa e até se dá bem com a sogra”. Esse marido poderia crer que a infidelidade da esposa pode ser aceitável diante suas boas qualidades.

Os ingênuos costumam acreditar em qualquer coisa que lhe dizem; está na Bíblia, em Provérbios 14:15.

Sermos ingênuos ou experientes, tolos ou inteligentes não depende da simples escolha do que somos ou queremos ser. Parece haver a necessidade de estudos, pesquisas, boas conversas e “mente aberta”.

Os pobres escravos foram vítimas de mentiras, mas numa situação e época completamente diferente.

E de qual grupo o leitor e eu fazemos parte, dos ingênuos ou dos prudentes?

A resposta deve ter bem mais haver com o agir e não com o falar!

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