sexta-feira, 2 de setembro de 2011

A língua solta

Alguns amigos se encontram e começam um desabafo – falar a coisa errada e para a pessoa errada. O primeiro diz:
- Eu estava cortando o cabelo de um rapaz e de repente passou um Chevette com o som ligado no máximo do volume. Olhei bem para o cliente e disse:
- Só tem maluco nesse bairro - O cliente disse meio sem jeito:
- É meu pai. Ele tem esse costume, tenho até vergonha de andar com ele.
O barbeiro pediu desculpa. Disse que não teria falado se soubesse que era seu pai.
Um amigo que ouvia isso disse:
- E eu então rapaz. Eu estava na borracharia e assim que o borracheiro acabou de trocar o pneu me ofereceu um café. Nesse instante passou uma mulher do outro lado da rua e eu disse:
- Olha que “cavala”. O borracheiro falou:
- É minha mulher! - E ainda mandou um beijo pra ela. Eu queria desaparecer cara.
- E eu então – diz outro – Uma amiga lá na repartição disse que estava de namorado novo. Semana passada chegou ao lado de um rapaz e eu falei:
- Ah, esse é o teu filho?
Ela disse já toda vermelha:
- Não, não, ele é meu namorado. Meu filho está na faculdade.
Eu disse:
- Ah logo vi.
O último dos amigos desabafa:
- Pior fui eu pessoal. Eu ouvi que o Mario havia morrido. Pensei que fosse o Mario que veio a minha cabeça. Há três dias encontrei a mulher dele a abracei e disse:
- Sinto muito o que aconteceu. Ele era uma cara muito legal, vai fazer falta. Tu deves estar sofrendo muito, mas vai superar. Ele era um cara incrível. Você fez o seu melhor e ele deve estar num lugar melhor agora.
Ela saiu chorando. Só ontem fui saber que o Mario que morreu foi outro cara. O marido dela, o Mario, foi embora com outra.
Um dos amigos conclui:
- Valia mais é ser mudo.
Outro diz:
- Não fala besteira cara. Meu pai é mudo. É muito triste!

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