quinta-feira, 24 de março de 2016

Que atire a primeira pedra!


O que é mais grave, roubar 1 real ou 1 milhão de reais? Uma caneta do escritório ou um carro?
Já foi dito que o difícil não é ser bom, o desafio é ser justo. Parece lógico. Muitas pessoas demonstram bondade e apreciam fazer o bem.

Já sermos justos envolve julgar. Não é por menos que para ser juiz é preciso muitos estudos, dedicação, bom senso, tempo para avaliar o assunto; e ainda assim o juiz está sujeito a errar.
Quem ouvia lava a jato alguns anos atrás pensavam numa limpeza das boas. O nome foi emprestado a uma operação policial. Haja força no lava a jato e “das pessoas que o manobram”.

Ditados ou frases como: “Ele rouba, mas faz”. Ou: “Ele é o menos pior”, devem estar em extinção. Nunca deveriam ter existido. Aceitar que um ladrão seja menos criticado por não ser violento não parece muito justo. Aceitar como nossos “cabeças” o “menos pior” é reconhecer que ele é ruim, mas dizer que é melhor do que nada.

Outro dia fui surpreendido por uma jovem muito inteligente. Ela contou que repreendeu o namorado por ele aceitar “o jeitinho brasileiro” com facilidade. Coisas pequenas, mas ilícitas.  Vale perguntar: Que exemplos estamos deixando para os nossos filhos? Inclua-se, alunos, vizinhos, sobrinhos, netos, filhos de amigos.

Enquanto esperamos por justiça “lá em cima” poderíamos avaliar. Se eu tivesse uma grande oportunidade em minhas mãos; lucros e demais vantagens; teria a força moral de dizer – não?

É farra do boi. “Gatos em ligações clandestinas em casa”. Abandono de animais. Querer tirar vantagem em tudo. Um grande empresário disse: “O dinheiro não muda o homem, apenas o desmascara”. Um colega jornalista falou: “A ocasião não faz o ladrão, mas revela o ladrão”.
 Talvez nunca antes na história tivéssemos visto a corrupção com nomes e endereços.
Nunca antes se viu a população se mobilizar dessa maneira.

Temos uma possibilidade. Avaliar com sinceridade e coragem atitudes que podem parecer pequenas, mas são ilícitas. Ensinar aos nossos jovens pelo exemplo. Nada de, “faça o que eu digo e não o que eu faço”. Mas sim, “faça o que digo e o que faço”.

 Difícil? Quem disse que é fácil.

Fácil é ser bom. Ser justo é o desafio. E quem nunca “pisou na bola” que atire a primeira pedra!

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