sábado, 4 de agosto de 2012

Novos médicos

Na última sexta-feira, dia 20 de julho, estive com minha esposa na formatura dos alunos do curso de medicina da UFSC. A convite de meu amigo Carlos Maestri Castilhos, um dos formandos, assistimos a uma emocionante cerimônia. Cerca de 45 novos médicos, moças e rapazes, emocionados e vibrando ao ouvirem a Reitora dizer a cada um deles: - Confiro a... O grau de médico. Ouvir a paraninfo da turma dizer aos presentes que eles devem ser sempre honestos, íntegros, e acima de tudo, tratarem seus pacientes como se estivessem tratando de seus próprios familiares foi interessante. Um dos formandos recebeu o diploma das mãos dos seus pais que são médicos do HU. Acompanhar quem faz uma faculdade, tal como a de medicina por anos e vê-los dar um grito de pura e total emoção é contagiante. Lembrei durante a formatura de duas situações. Primeiro com respeito aos jovens médicos. Há algum tempo parecia haver algum preconceito por parte da população por acharem que não seria boa ideia serem atendidos por alguém com “pouca experiência”. Hoje percebo uma importante mudança. Temos visto e ouvido elogios a jovens médicos. Atenciosos, educados, humanos. Características também presentes em médicos veteranos. Conheço vários assim. Há, no entanto, aqueles médicos que carregam sobre si, além do jaleco o orgulho e a arrogância. Quem já não teve a infelicidade de ser atendido por um assim? Mas a população bem informada, conhecedora de seus direitos e educada, sabe diferenciar e exigir seus direitos. Maravilhosa profissão. Maravilhosos médicos que olham em nossos olhos e respeitam seus pacientes, tal como se fossemos de fato seus familiares. A segunda coisa que me lembrei foi de uma “certa ligação” entre médicos e barbeiros. É que os barbeiros de antigamente, bem antigamente, faziam ou realizavam alguns procedimentos médicos. Na idade média, os barbeiros, além de cortar cabelos e barbas extraiam dentes e realizavam sangria. Diz o jornal The Toronto Star: Durante a sangria era costume o paciente apertar uma vara com força em uma das mãos para que as veias dilatassem e o sangue jorrasse livremente. Para disfarçar as manchas de sangue a vara ela era pintada de vermelho. Quando não estava sendo usada era pendurada do lado de fora da barbearia para fazer publicidade. Os barbeiros herdaram a marca registrada da vara quando sua profissão foi dividida entre cirurgiões e barbeiros no reinado de Henrique VIII, rei da Inglaterra no século XVI. Hoje os barbeiros não extraem dentes nem mais realizam cirurgias de cataratas, mas se orgulham de saber a confiança que há séculos há com a “classe”. Agora temos barbeiros que continuam acompanhando seus clientes em seu desenvolvimento profissional e se tornarem pessoas capacitadas para ajudar e auxiliar, no caso dos médicos, até salvar vidas. Que esses formandos da UFSC, junto com outros de tantos lugares tragam por dentro do jaleco além de um ser humano um profissional competente e motivado pelos mais profundos sentimentos humanos. Sentimentos que unidos a seus preciosos conhecimentos nos passem a segurança de que estamos em boas mãos.

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