terça-feira, 28 de agosto de 2012

“Uma farta mesa”

Nem tudo é o que parece ser. Já se percebeu muitas atitudes, pensamentos, ideais e teorias disfarçados. “Uma farta mesa” está à disposição da população e o resultado se ouve e se vê por aí. O disfarce é bem feito. Leva a inversão de valores. Ouve-se meninos de 4 ou 5 anos de idade dizendo: “Viu ontem os peitos dela?” A criança que disse isso se referia a novela que passa depois das onze da noite. Outras pessoas, das mais variadas idades, divertem-se com um homem que tem 3 mulheres. Primeiro o homem “driblava” a situação, agora o que causa diversão é ver as 3 mulheres aceitando mais que um triângulo amoroso. Nas páginas de um livro e principalmente na tela da TV as palavras adultério, traição, imoralidade, vingança, são substituídas por “caso amoroso, sensualidade, liberdade, felicidade, justiça”. As bobagens colocadas na internet são ali colocadas porque quem as coloca sabe que haverá quem tenha tempo sobrando para “curti-las”. Programas de TV que discutem o Bullying colocam na direção das câmeras apenas as pessoas “mais bonitas”. Tudo isso faz lembrar um trecho de uma música da banda Legião Urbana – “Não é a vida como está, mas sim as coisas como são. A culpa é de quem? A culpa é de quem? Eu canto em português errado acho que o imperfeito não participa do passado...” Num restaurante ou a mesa da casa de um amigo, nos servimos da quilo que mais gostamos. É fácil passar direto por aquilo que não agrada nosso paladar. Alimentar nossa “cabeça” com “produtos” de qualidade duvidosa é uma decisão pessoal. Pena é que crianças sejam levadas a mesma mesa, mas sem nenhuma boa orientação. De certa maneira estamos como que a bordo de um “barco”, “barco” esse que desliza num oceano cada vez mais perigoso no campo mais delicado, o moral. E a “farta mesa continua a disposição”.

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