quinta-feira, 16 de maio de 2013

Hora de falar e hora de ficar quieto

Já houve tempos em que se tinha de pensar bem antes de falar. Há algumas décadas quem expressasse livremente seus pensamentos podia pagar caro por isso. Hoje a situação mudou. Temos maior liberdade de expressão, porém, mais do que nunca, temos de pensar ainda mais antes de falar. Quem nos ouve, se não gostar do que falamos, pode agir de maneira cruel. Há poucos dias uma menina levou um tiro ao tentar livrar o pai de certa encrenca. No trânsito são cada vez mais comuns os casos de violência. No passado ficava num rápido xingamento e pronto. Hoje o que se acha ofendido pode puxar uma arma e pronto, tragédia. De um lado alguém que não aceita levar desaforo pra casa. E se anda armado deixa sua covardia e falta de autodomínio destruir uma vida. De outro lado alguém que indignado com um problema causado, seja no trânsito ou num restaurante, reclama seus direitos e recebe um tiro. Ou nos calamos diante qualquer situação perturbadora ou corremos o risco, o risco de que os ouvidos alheios nos paguem com a crueldade. Vale à pena defender nossos direitos nas ruas mesmo correndo os riscos que hoje se apresentam? Ou vale mais ficar quieto e aceitar tudo de errado que nos acontece? O amigo leitor (a) já deve ter seu ponto de vista bem formado, é uma pessoa inteligente. Talvez o que vale a pena para todos nós seja refletir mais. Refletir sobre cada situação. O local em que estamos. Na companhia de quem estamos. A pessoa a quem reclamaremos. O modo como reclamamos. Não podemos ler pensamentos. Então precisamos é de autodomínio. Certa “frieza de espírito”. Há quem repita o ditado “Mais vale um covarde vivo do que um herói morto”. Tem também quem diga “Se alguma mãe tiver que chorar que seja a dele e não a minha”. E agora? Gosto de lembrar duas ideias louváveis. Uma diz: “Para tudo há um tempo debaixo do sol, tempo de falar e tempo de ficar quieto”. Eclesiastes 3:1. A outra diz: “Uma resposta quando branda faz recuar o furor, mas a palavra que causa dor faz subir à ira”. Provérbios 15:1 Vale também lembrar que essa nossa breve reflexão pode, aliás, deve também ser usada no círculo familiar. Ainda hoje, assim que ouvir algo que não me agrada quero estar bem para saber se será a hora de falar ou ficar quieto.

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