quinta-feira, 26 de novembro de 2009

O vendedor e o bom de papo

Bernardo é barbeiro e vizinho de Antonio que trabalha com acessórios para veículos.
O barbeiro precisou sair e pediu ao amigo Antonio que cuidasse de seu salão. O Antonio aceitou ajudar o amigo barbeiro e ficou dentro do salão. De repente passa um cearense, vendedor de redes e entra na barbearia e pergunta o preço do corte. Antonio em vez de dizer que o barbeiro havia saído lhe dá o preço. O vendedor de redes senta-se na cadeira do barbeiro. Antonio que nunca havia cortado os cabelos de ninguém é bom de papo, o quê faz com que o cearense nem note que não há barbeiro ali no momento.
Antonio pega a tesoura desajeitado. Pega o pente e tenta ajeitar a tesoura entre os dedos e continua conversando. Pergunta como ele quer o corte e ganha tempo.
Antonio já está agora quase no final do corte. Nesse instante chega o barbeiro, o verdadeiro. Bernardo toma um susto, mas temendo pelo cliente nada fala. O barbeiro falsário termina o corte. O vendedor paga e sai. Bernardo e Antonio têm uma leve discussão.
Uns dois meses depois Bernardo está sentado em sua barbearia quando entra um homem com muitas redes penduradas ao pescoço. Bernardo então o reconhece, é o cearense de quem Antonio havia cortado os cabelos. Bernardo acredita que o vendedor fará alguma reclamação, mas em vez disso ele pergunta:
_Onde está o barbeiro?
_Barbeiro?
_É o barbeiro que cortou meu cabelo aquela vez. Eu gostei do corte – disse o inocente vendedor.
_Ele não está aqui hoje. – Bernardo ainda se surpreende com o quê diz o vendedor:
_Então eu volto outro dia, quero cortar com ele.
Esse caso mostra bem o quê faz uma boa conversa. Antonio passou uma conversa tão boa no vendedor, que esse nem percebeu que não estava diante de um barbeiro.
Persuasão a arte de convencer alguém, cuidado ao ser convencido

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