segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Não é bom observador

Você se considera um bom observador?
Repara com facilidade quando sua esposa muda o penteado ou faz as sobrancelhas?
Para elas é frustrante quando o marido não repara, se bem que, elas devem estar se acostumando.
O pai chega a casa e a filha demonstra que tem novidade. O pai começa a quebrar a cabeça, que por sinal é bem dura, mas arrisca:
- Cortou o cabelo? – Nada com os cabelos.
- Ah, suas sobrancelhas. – Mais um fora.
A filha, vira-se e mostra a orelha. O pai diz:
- Um brinco novo? – Não, o brinco não é novo. A filha desiste e diz:
- Fiz mais um furo na orelha, pai. Agora tenho dois furos em cada orelha.
- Ah, filha, você ainda não tinha?
Mas um amigo do pai, o Zé, também não é bom observador. Ele sai para uma noite que para ele, seria a noite. Em um clube em Florianópolis demonstra o charme. Deixa que os olhos verdes filmem tudo, ou todas a sua volta. Logo observa uma linda mulher que está bebendo sozinha. Zé observa e aproxima-se. A bela mulher troca olhares com Zé que gentilmente a cumprimenta. Eles conversam, bebem e divertem-se. As horas passam rapidamente e Zé acredita que será uma noite inesquecível, e seria mesmo.
Ela o convida para um passeio. Ele diz que seu carro está na oficina. Ela diz que seu carro está logo ali, por que não no seu carro?
Ao entrarem no carro se acomodam e Zé repara algo diferente no carro e diz “ hum, carrinho de deficiente”. A bela mulher e muito bem empregada rapidamente o olha surpresa. Zé não entende aquele olhar surpreso. A bela mulher levanta o braço e só então Zé percebe que não é nada observador, pois ela não tem a mão direita. Agora Zé entende o porquê do carro adaptado e percebe que ali terminou sua noite.

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