sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O nome dela

Tudo ia bem até a chegada daquela vizinha. A mulher morava sozinha e reclamava de tudo, do calor, do frio, do vento, da falta de vento, reclamava até das reclamações que ouvia na TV sempre em alto volume. Godalberto, o vizinho, queria reclamar, mas dava medo, a vizinha parecia imponente. Num churrasco com um amigo foi aconselhado por esse a esperar, “logo ela morre”, disse o amigo. Mas era difícil, a mulher brigava com o carteiro, com o homem da luz e o da água. Dona Josefina, mulher do Godalberto fez bolinhos de banana e disse para Godalberto levar os bolinhos, “converse com ela e descubra seu nome”, disse a Josefina.
Godalberto pensou, “pra que ir até lá, logo ela morre e tudo acaba pra que me incomodar”?
Mas a última palavra sempre é a de Godalberto que disse:
- Ta bom mulher, já ouvi, já to indo.
Antes de decidir se bateria palmas a megera vem, Godalberto respira fundo e diz:
- Boa tarde senhora, eu sou o Godalberto, moro ao lado e trouxe bolinhos que minha mulher fez – Godalberto, enquanto olhava para a mulher via em seu rosto uma senhora surrada e pensou “ela não vai durar muito” – Então para ser simpático perguntou:
- Como é seu nome minha senhora?
- Meu nome é Esperança, Dona Esperança.

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