terça-feira, 8 de setembro de 2009

Amor, profissão e aposentadoria.

Estava assistindo a uma entrevista de um aposentado. Ele disse que se aposentou depois de trinta e sete anos e oito meses, poderia ter sido com trinta e cinco anos.
Mas ele continua trabalhando e trabalhando muito. Bom se ele se aposentasse com certeza você sentiria sua falta. O aposentado na ativa de quem falo é Tony Ramos. Hoje com 61 anos continua na televisão e com um grande sucesso no cinema, e quem não lembra de um ou mais dos incontáveis papéis desse grande ator.
Tony Ramos falando à sua entrevistadora sobre seu último filme que antes disso foi uma peça de teatro por três anos, disse algo que me chamou em especial à atenção:
-Sempre que tenho uma decisão a tomar tal como decidir sobre a escolha ou recusa de um papel, “consulto minha esposa”, pois ela não tem um ponto de vista crítico ou parcial, mas lê como simples “leitora”.
Tony continuou falando sobre a ocasião em que recebeu o convite para a peça de teatro que virou filme “Tempos de paz”, disse que se emocionou e em seguida entregou a sua esposa com quem está casado há quase 40 anos. Observou à distância e quando viu que ela também se emocionou durante a leitura do texto, “pronto ele já tinha com isto a sua decisão”!
Escrevi esta coluna amigos leitores com estas três palavras acima, pois estas mesmas estão ligadas umas as outras. E o que noto de mais incrível e lamentável ao mesmo tempo são comentários tais como estes:
-Ah vou me aposentar e não quero fazer mais nada!
-Vou me aposentar mudar para minha casa de praia e esperar a morte chegar! Pasmem.
Certo, é direito de cada um escolher o que fazer com seus anos de aposentadoria, pois criaram seus filhos e cumpriram uma grande jornada de trabalho, mas será que a felicidade está mesmo em parar “totalmente”. Será que não há nada escondido aí no fundo do “coração” algo especial, honroso, prestativo e que lhe daria prazer?
Não só o Tony Ramos, mas muito outros profissionais, das mais diversas áreas continuam trabalhando ou iniciam uma nova carreira, mas parar como sinônimo de aposentadoria, “pare e pense amigo leitor, vai valer a pena”?

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