segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Uma coisa de cada vez

O que mais o leitor ou leitora gostaria de ter? Normalmente a lista é extensa. Há aqueles que se contentam com o necessário, somente o necessário, como se o extraordinário fosse demais. Parece mesmo uma sábia decisão. Já unir juventude, sabedoria e dinheiro parece bem mais difícil. Esta semana lembrei uma frase que publiquei em forma de crônica em meu segundo livro. Desconheço o autor da frase, mas a crônica é mais ou menos assim: Um senhor caminhava próximo a uma praça quando notou um menino sentado num banco e muito triste. O senhor de oitenta e poucos anos aproximou-se e perguntou: - Garoto, por que não está brincando? Por que não aproveita seu tempo e sua energia? - É que estou muito triste, desanimado, senhor. - Quantos anos você tem, garoto? - Dez anos, senhor. - E por que está tão triste? - É que eu queria muito um carrinho a controle remoto, mas minha mãe não tem dinheiro. O sábio senhor sentou-se ao lado do menino e disse: - Sabe garoto, quando eu tinha a sua idade eu tinha muita energia e muito tempo, mas não tinha dinheiro para fazer nada do que queria. Depois me tornei adulto e ganhei muito dinheiro e tinha ainda muita energia, mas não tinha tempo para fazer o que queria. Hoje, tenho ainda bastante dinheiro e tempo então, tenho de sobra, mas já tenho pouca energia. É garoto, é difícil ter tudo o que queremos. Vou falar com sua mãe e se ela permitir vou comprar um carrinho a controle remoto para você. Mas lembre-se, sempre sentirá falta de alguma coisa. E hoje, o que o amigo leitor tem de sobra? Juventude? Saúde? Emprego? Dinheiro? Família? Experiência de vida? Tempo? Se tiver uma ou mais dessas coisas deve ficar contente. Se algumas já passaram é porque teve o privilégio de tê-las um dia. Se ainda não tem, o que tem feito para conquistá-las? Ter tudo ao mesmo tempo não é fácil, então é curtir o momento. Já foi dito que o hoje é um presente. O amanhã ainda está no futuro e será com certeza uma “colheita” do que hoje estamos “plantando”. Só não dá mesmo é querer tudo ao mesmo tempo e desvalorizar o que temos de bom. Felizes os não insatisfeitos.

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